Banca de DEFESA: CARLOS JORDÃO DE ASSIS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLOS JORDÃO DE ASSIS SILVA
DATA : 20/12/2019
HORA: 09:30
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

Respostas humanas, cultura e autocuidado de pessoas idosas indígenas: um estudo de métodos mistos.


PALAVRAS-CHAVES:

Enfermagem gerontológica; Saúde indígena; Enfermagem Transcultural; Processo de Enfermagem; Autocuidado.


PÁGINAS: 140
RESUMO:

          INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento humano é global e está presente entre os povos indígenas, contudo, no Brasil, as informações sobre a saúde e cultura de autocuidado das pessoas idosas indígenas ainda encontram-se escassas e fragmentadas. Percebe-se a importância e necessidade sobre o conhecimento das respostas humanas em enfermagem e a cultura de autocuidado em saúde dessa população, por possibilitar uma assistência de enfermagem qualificada, sistematizada e culturalmente congruente. OBJETIVO: Analisar as respostas humanas em enfermagem e a cultura de autocuidado em saúde de pessoas idosas indígenas. MÉTODO:Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem de métodos mistos, do tipo paralelo convergente. O local de realização, foi a Comunidade indígena do Amarelão, João Câmara, Rio Grande do Norte, distante 70km da capital do Estado. A população constituída de 61 pessoas idosas indígenas residentes, da etnia Potyguara, e uma amostra de 51 participantes na fase de abordagem quantitativa, através de consulta de enfermagem, e desses, 17 na fase de abordagem qualitativa, que responderam a uma entrevista semiestruturada em agosto de 2019. Os dados quantitativos e qualitativos foram coletados concomitantemente, com atribuição de peso igual para ambos os dados. Os dados obtidos a partir da consulta de enfermagem, foram analisados seguindo duas etapas: fase I - análise e síntese dos dados; fase II – estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem utilizando-se a taxonomia NANDA-I (2018-2020); a posteriori, foram submetidos à análise estatística no programa StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS). Dos resultados quantitativos, obteve-se a freqüência absoluta e relativa e aplicou-se o Teste Q-Quadrado e Exato de Fisher. Os dados qualitativos foram analisados a partir da análise de conteúdo temática. Realizou-se a integração desses dados, os quais foram mixados e produziram informações que se apoiaram mutuamente. Concernente à teorização, foi utilizada a Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural, sendo essa a perspectiva teórica que conduziu todo o estudo. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, e aprovada sob o CAAE:07990219.7.0000.5537 e, parecer de nº. 3.475.904, respectivamente. RESULTADOS: Quanto aos dados quantitativos, identificaram-se 38 diagnósticos de enfermagem, sendo prevalentes: Dentição prejudicada (98,0%), Risco de integridade da pele prejudicada (66,7%), Dor crônica (64,7%), Risco de volume de líquido deficiente (54,9%), Deglutição prejudicada (45,1%), Deambulação prejudicada (45,1%), Distúrbio no padrão de sono (43,1%), Incontinência urinária de esforço (41,2%), Disco de quedas (35,3%) e Disfunção sexual (33,3%). Concernente aos dados qualitativos, originaram-se três categorias temáticas: 1) Significado da saúde na concepção das pessoas idosas indígenas; 2) A vivencia indígena do adoecer e 3) Práticas indígenas de autocuidado. CONCLUSÃO: Com base nas convergências e combinações dos resultados qualitativos e quantitativos, percebeu-se que as respostas humanas mais presentes nas pessoas idosas indígenas, são àquelas resultantes de fatores influentes para, a diminuição da funcionalidade e independência do idoso, corroborado pelas falas dos participantes. Sobre a autopercepção de saúde, os problemas relacionam-se as condições limitantes que interferem no desempenho das atividades do cotidiano. No tocante as práticas de autocuidado, referem o uso de plantas medicinais para prevenção e tratamento de doenças, assim como, a realização das atividades de vida diária, o trabalho na agricultura e, a própria autonomia na resolução de problemas, como formas de obtenção de saúde, para um envelhecimento ativo. Todavia, identifica-se uma medicalização no processo saúde-doença, étnico singular desse grupo, presente nas falas dos idosos, ao citarem a dependência do uso de fármacos, inclusive psicotrópicos, também evidenciado pelos dados quantitativos, apontando para uma reflexão necessária, a acerca do uso abusivo de remédios e automedicação dessa população. Os dados quantitativos, também revelaram poucas práticas preventivas de saúde adotadas, explicado pela influência do modelo médico-curativista vigente, absorvido nas práticas de autocuidado dessa população, fruto do contato com a sociedade não indígena por meio dos serviços de saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 3055823 - ANA ANGELICA REGO DE QUEIROZ
Externo à Instituição - JOSÉ LUÍS GUEDES DOS SANTOS - UFSC
Interna - 2613771 - LUCIANE PAULA BATISTA ARAUJO DE OLIVEIRA
Interna - 387.055.368-55 - MÔNICA CRISTINA RIBEIRO ALEXANDRE D'AURIA DE LIMA - UFRN
Presidente - 347635 - REJANE MARIA PAIVA DE MENEZES
Notícia cadastrada em: 16/12/2019 09:41
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