Banca de DEFESA: DEBORAH DINORAH DE SA MORORO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DEBORAH DINORAH DE SA MORORO
DATA : 30/05/2018
HORA: 09:30
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

Cultura institucional e a gestão do cuidado à criança com doença crônica: o enfermeiro nesse contexto.


PALAVRAS-CHAVES:

Gestão em Saúde, Cuidado, Enfermagem, Cultura, Criança.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Gestão do cuidado, fundamentado no princípio da integralidade, exige uma cultura de integração entre os serviços e interlocução entre os profissionais nos níveis de complexidade que compõem a Rede de Atenção à Saúde, associados à reorganização dos processos de trabalho dos profissionais. Na atenção à saúde da criança, vivencia-se uma transição demográfica e epidemiológica em razão da prevalência da doença crônica. Esse novo padrão de saúde e doença impõe um modelo de cuidado ampliado, coerente com a proposta do Sistema Único de Saúde. Nessa gestão do cuidado à saúde da criança, a inserção do enfermeiro como coordenador da equipe de enfermagem, ou como gestor do cuidado, é de fundamental importância. O objetivo desse estudo é analisar a influência da cultura hospitalar sobre a organização da gestão do cuidado à criança com doença ou condição crônica de saúde em unidade pediátrica de um hospital geral universitário e a atuação do enfermeiro. Estudo do tipo descritivo e analítico de abordagem qualitativa, fundamentado nos princípios da etnografia institucional como referencial teórico metodológico. Tem como local da pesquisa, uma unidade de pediatria, de um Hospital geral universitário em uma capital do nordeste brasileiro. A população do estudo incluiu os profissionais dessa unidade especializada, num total de 20, sendo eles: coordenador geral, supervisora de enfermagem, coordenadora do Núcleo Interno de Regulação, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico, assistente social e médico. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram, a técnica da observação participante, o diário de campo, a análise documental e a entrevista semiestruturada, realizados no período de maio a agosto de 2017. O tratamento das informações coletadas seguiu a técnica de análise de conteúdo de Bardin, auxiliado pelo Scientific Software Atlas ti versão 8.0, das quais emergiram as seguintes categorias: cultura institucional da gestão do cuidado de uma unidade pediátrica; visita como mecanismo de gestão do cuidado; atuação do enfermeiro na gestão do cuidado à criança; potencialidades e fragilidades na gestão do cuidado. Os resultados analisados apontam para uma cultura de gestão do cuidado sob influência do modelo assistencial hegemônico, fragmentação da atenção e do cuidado, embora vislumbre avanços no trabalho multiprofissional. Por sua vez, a visita médica se destacou como mecanismo de gestão do cuidado com potencial para fortalecer o trabalho em equipe, mas necessita ser repensada para tornar-se efetivamente interprofissional. Nesse contexto, Gestão do Cuidado em Enfermagem entendida como articulação e integração entre ações cuidativas e gerenciais, mediante o exercício de liderança, relações interativas, comunicativas e cooperativas é desenvolvida por um profissional enfermeiro com perfil assistencial, que executa todas as etapas do Processo de Enfermagem. Contudo, a enfermeira se reconhece como gestora à medida que organiza e intermedia as relações entre médico, usuário e as diversas categorias profissionais para prover as condições materiais necessárias ao processo assistencial. De forma semelhante, os demais profissionais, atribuem ao enfermeiro uma responsabilidade para além da gestão do cuidado, como possível consequência da reprodução histórica, cultural e social do enfermeiro como organizador do serviço. Diante disso, as enfermeiras sentem-se sobrecarregadas, dificultando a integração entre as dimensões gerencial e cuidativa, bem como, sua comunicação e articulação com a Rede de Atenção à Saúde da Criança. Por fim, a estrutura física do hospital universitário e o projeto de segurança do paciente se destacaram como potenciais para a gestão do cuidado. Entretanto, evidenciaram-se fragilidades locais relacionadas a indefinição de um modelo de gestão do cuidado pactuado em equipe e dificuldades para continuar o cuidado no âmbito domiciliar.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 347971 - BERTHA CRUZ ENDERS
Externo à Instituição - CLAUDIA SANTOS MARTINIANO SOUSA - UEPB
Externo ao Programa - 2568454 - ELISANGELA FRANCO DE OLIVEIRA CAVALCANTE
Externo à Instituição - JOÃO BOSCO FILHO - UERN
Presidente - 347635 - REJANE MARIA PAIVA DE MENEZES
Notícia cadastrada em: 07/05/2018 13:30
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