Banca de DEFESA: DALVA CEZAR DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DALVA CEZAR DA SILVA
DATA : 13/12/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

SUPORTE FAMILIAR E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM ÚLCERA VENOSA NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde do Idoso. Úlcera varicosa. Qualidade de vida. Atenção Primária a Saúde. Enfermagem.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A úlcera venosa é a principal lesão crônica de membros inferiores e possui elevada taxa de recidiva e cronicidade, assim, demanda complexos cuidados em saúde. Em diferentes realidades, do Brasil e do mundo, identifica-se que idosos são mais acometidos por este tipo de lesão e apresentam agravos à saúde, o que pode causar alterações negativas na qualidade de vida. Devido à complexidade e implicações desta condição, aponta-se a Atenção Primária à Saúde como espaço para trabalhar a autonomia e a corresponsabilização do idoso com úlcera venosa e sua família, em busca da melhoria da qualidade de vida. Neste sentido, teve-se como objetivo avaliar a correlação do suporte familiar e qualidade de vida de idosos com úlcera venosa atendidos na Atenção Primária à Saúde. Pesquisa quantitativa, analítica, com delineamento transversal de tratamento e análise de dados, realizada em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.  Participaram do estudo 40 idosos atendidos nas unidades de saúde, no período de agosto a dezembro de 2016. Na coleta de dados utilizaram-se os instrumentos: formulário para caracterização sociodemográfica, de saúde, clínica e assistencial; o Charing Cross Venous Ulcer Questionnaire (CCVUQ), que avalia qualidade de vida em pessoas com úlcera venosa, por meio de quatro domínios: Interação Social, Atividades Domésticas, Estética e Estado Emocional, além de gerar um Escore Total (varia de0 a 100, quanto menor a pontuação, melhor a qualidade de vida); e o Inventário da Percepção de Suporte Familiar (IPSF) composto por três domínios: Afetivo-Consistente; Adaptação Familiar e Autonomia. As pontuações gerais do IPSF variam de 0 a 84, sendo que quanto maior a pontuação maior o suporte familiar percebido. Utilizou-se da estatística descritiva e inferencial, para verificar a distribuição da normalidade dos dados realizou-se o Teste de Shapiro-Wilk, utilizaram-se os testes Qui-Quadrado, Exato de Fischer, teste U de Mann-Whitney, foi adotada a correlação de Spearmann, considerando nível de significância estatística de ρ-valor ≤ 0,05. O estudo seguiu os preceitos éticos, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade proponente, (Processo número 1.670.636 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 58255016.0.0000.5346). Os dados referentes à caracterização demonstraram prevalência do sexo feminino, faixa etária dos 70 anos ou mais, com a média de idade geral de 71,90 (±8,40) anos, mínimo 60 anos e máximo de 87 anos. Dentre as mulheres, a média de idade foi de 73,26(±8,01) e do sexo masculino de 70,06(±8,81), sem companheiro (solteiro, viúvo ou divorciado), aposentados, com doenças crônicas associadas, sono maior de seis horas/dia e presença de dor (n=23, 57,5%). Referiam como local predominante para a realização do curativo o serviço de saúde (n=34, 85,0%), não faziam uso de terapia compressiva (n=24, 60,0%), os que faziam utilizavam bota de Unna (n=16, 40,0%). Foram orientados sobre a elevação dos membros inferiores (n=40, 100,0%), terapias compressivas (n=28, 70,0%) e exercícios regulares (n=22, 55,0%).  O Escore Total do CCVUQ apresentou mediana 43,9, para a avaliação da qualidade de vida geral dos participantes; e nos domínios Interação Social (27,9), Atividades Domésticas (29,9), Estética (44,7) e Estado Emocional (57,4). Quanto à percepção do Suporte familiar, os idosos classificaram como Alto Suporte. Nos domínios avaliados se verificou que na Afetivo-Consistente foi 67,5%, com média de 33,40 (±11,29), na Adaptação familiar, o percentual de alto foi de 45,0%, com média de 20,97(±6,42) e Autonomia foi de 70,0%, com média de 14,65 (±2,36).  As variáveis sociodemográficas e de saúde não apresentam associações significativas com os domínios do CCVUQ e IPSF. Foram encontradas associações significativas da qualidade de vida e suporte familiar com as características clínicas, tais como recidiva, tempo atual de úlcera venosa, dor e sinais de infecção. Também com as características assistenciais quem realiza o curativo, tempo de tratamento, uso de terapia compressiva e número de consultas. Sobre a qualidade de vida constatou-se diferença significativa da variável clínica: dor em relação aos domínios Atividades Domésticas (p=0,048), Estado Emocional (p=0,034) e Escore Total (p=0,022). Apresentaram diferença significativa as variáveis assistenciais: quem realiza o curativo com Estado Emocional (p=0,045), uso de terapia compressiva com Atividades Domésticas (p=0,031) e número de consultas com os domínios Interação Social (p=0,033), Atividades Domésticas (p=0,033), Estado Emocional (p=0,025) e Escore total (p=0,030).  Quanto ao Suporte familiar, encontraram-se associações significativas entre as variáveis clínicas: recidiva com o Suporte Total (p=0,031); tempo da úlcera venosa atual em anos com os domínios Afetivo-Consistente (p=0,003) e Total (0,022), dor com o domínio Autonomia (p=0,041), sinais de infecção com Suporte Total (p=0,044). Entre as variáveis assistenciais: Tempo de tratamento em anos com no domínio Afetivo-Consistente (p=0,021). Uso de terapia compressiva com os domínios Afetivo-Consistente (p=0,002) e Total do Suporte (p=0,002). Verificaram-se correlações negativas e significativas do suporte familiar na qualidade de vida em idosos com úlcera venosa, entre Afetivo-Consistente e o escore total do CCVUQ (r=-0,323; p=0,042), o domínio Atividades Domésticas (r=-0,350; p=0,027) e Estado Emocional (r=-0,424; p=0,006). Entre Adaptação Familiar e Estado Emocional (r=-0,443; p=0,004). Da mesma maneira, entre Autonomia e o escore total do CCVUQ (r=-0,514; p=0,001), o domínio Interação Social (r=-0,362; p=0,022), Atividades Domésticas (r=-0,513; p=0,001), Estética (r=-0,478; p=0,003) e Estado Emocional (r=-0,478; p=0,002). A qualidade de vida do idoso com úlcera venosa foi mais comprometidas nos domínios Estado emocional e Estética. Necessitam-se ações de promoção e reabilitação da saúde do idoso, com enfoque na dinâmica familiar, a fim de promover a autonomia e o convívio social para melhora da qualidade de vida. Aceita-se a hipótese alternativa que o suporte familiar se correlaciona na qualidade de vida em idosos com úlcera venosa atendidos na Atenção Primária à Saúde. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALINE MAINO PERGOLA MARCONATO - UNICAMP
Externo ao Programa - 2262871 - ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONCA
Interno - 4665456 - DANIELE VIEIRA DANTAS
Presidente - 1161810 - GILSON DE VASCONCELOS TORRES
Externo à Instituição - MARIA DENISE SCHIMITH - UFSM
Notícia cadastrada em: 01/12/2017 16:00
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