Banca de DEFESA: FERNANDA CARLA MAGALHÃES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDA CARLA MAGALHÃES
DATA: 26/02/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO: Práticas populares de cuidado à criança: o saber/fazer de cuidadoras.
PALAVRAS-CHAVES: Medicina tradicional. Cuidado da criança. Cultura. Família. Enfermagem.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: As práticas populares correspondem aos recursos utilizados pelas famílias, pessoas leigas e terapeutas populares, cuja apreensão do saber se constrói no cotidiano. Nesse contexto, a criança doente pode se tornar vulnerável por estar na dependência de um cuidador familiar, o qual, muitas vezes decide empregar práticas populares. Assim, o cuidado à criança deveria ser compartilhado entre cuidador e profissional de saúde. Entretanto, estes pouco sabem sobre os recursos que a família emprega ao perceber algum agravo no infante. Diante disso, a pesquisa em apreço objetivou analisar o uso de práticas populares por cuidadoras de crianças com zero a cinco anos de idade. Realizou-se um estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, junto a 15 cuidadoras de crianças, que eram atendidas na Unidade Mista de Felipe Camarão, localizada no município de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Para escolha das participantes, estas deveriam ter idade igual ou superior a 18 anos; ser cuidadora de criança(s) com até cinco anos de idade; e, residir na área adscrita da Unidade Mista de Felipe Camarão. A coleta de dados ocorreu entre os meses de setembro e outubro de 2013, por meio da entrevista em profundidade. Esta etapa foi antecedida pela anuência da Secretaria de Saúde do município de Natal; da direção da Unidade Mista de Felipe Camarão; bem como, do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com Certificado de Apresentação e Apreciação Ética, n° 15467013.8.0000.5537. Além disso, as entrevistadas autorizaram formalmente a participação na pesquisa, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram tratados conforme a técnica de Análise de Conteúdo na modalidade de análise temática, segundo Bardin. Deste processo, emergiram quatro categorias: “Tipos de práticas populares utilizadas nos cuidados com a criança”; “Fonte de informações das práticas populares”; “Resultados obtidos com as práticas populares”; “Fatores que dificultam a adoção de práticas populares”. Os resultados revelaram a utilização de práticas populares pelas cuidadoras, nos casos de adoecimento da criança, a exemplo: das preparações caseiras com plantas medicinais e da rezadeira. O ambiente familiar foi referenciado como principal espaço de aprendizado e propagação das práticas populares, as quais são influenciadas pelas relações culturais presentes nesse contexto. Quanto aos resultados obtidos com os recursos populares, as cuidadoras afirmaram ser satisfatórios, e isto desencadeia um sentimento de confiança e aceitabilidade de tais medidas. Conclui-se, que o uso de práticas populares no cuidado à criança persiste no cotidiano da maioria das famílias estudadas, apesar da hegemonia da terapia alopática. As cuidadoras afirmaram que tais práticas são eficazes e de fácil obtenção, estando asseguradas no seu contexto pela cultura popular. Além disso, os profissionais de saúde, sobretudo os enfermeiros, foram pouco citados pelas cuidadoras quanto às informações referentes aos recursos populares utilizados por elas, o que sugere a fragilidade no processo dialógico e de negociação de práticas entre ambos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 346938 - AKEMI IWATA MONTEIRO
Externo à Instituição - ALTAMIRA PEREIRA DA SILVA REICHERT - UFPB
Interno - 2344942 - JOVANKA BITTENCOURT LEITE DE CARVALHO
Externo à Instituição - NEUSA COLLET - UFPB
Interno - 346795 - ROSINEIDE SANTANA DE BRITO
Notícia cadastrada em: 11/02/2014 15:03
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