POLÍTICA E TEATRO: OS PROCESSOS DOS GRUPOS “ESTANDARTE” E “FACETAS, MUTRETAS E OUTRAS HISTÓRIAS”
Teatro Político, Teatro de Grupo, Teatro Potiguar, Partido dos Trabalhadores.
O objeto investigado da presente pesquisa é a produção teatral de dois grupos de teatro da cidade de Natal, Rio Grande do Norte (RN), os quais se apresentam com evidente vínculo político-partidário. Pretende-se buscar índices do vínculo político partidário nas produções teatrais dos grupos “Estandarte” e “Facetas, Mutretas e Outras Histórias” à luz de estudos do gênero Teatro Político. A escolha dos grupos foi feita por conta da longevidade dos coletivos e sua contínua produção desde as suas respectivas fundações, as quais carregam vínculos diretos ou indiretos com o Partido dos Trabalhadores (PT). A vinculação com o PT é a principal motivação da presente investigação, pois enquanto militante do PT e artista da região metropolitana de Natal, busco refletir sobre como as produções dos grupos selecionados impactam politicamente comunidades do RN. Teoricamente, a pesquisa se apoia em Piscator (1968), em Brecht (1978), em Guénoun (2003) e em Boal (2019 e 1996) de forma a subsidiar o debate sobre o papel do teatro na política e da política no teatro. Metodologicamente adota o estudo de Marques (2006) de que a função da pesquisa acadêmica é a de explicitar o processo dialógico entre pares que, sujeitos dela, ocupam espaços de fala no debate dos quais fazemos parte. Por isso, os integrantes dos grupos têm voz garantida por meio de entrevistas e de questionários, bem como a análise dos documentos internos como estatutos e regimentos.