Palavras-Chave: dança contemporânea; presença; corpo; topologia; coreografia.

Key-Words: contemporary dance; presence; body; topology; choreography.

RESUMO: Conte-me como você se sente. Uma frase corriqueira que expõe o dilema de se falar sobre o que o corpo sente, pois há níveis que só o próprio sentir pode compreender. Esta dissertação investiga a questão do corpo como espaço topológico de convergência, conexidade e continuidade a partir do pensamento exposto por Regina Miranda, em diálogo com o filósofo grego Epicuro, com Maurice Merleau-Ponty e José Gil. Na dança contemporânea, a questão da presença é discutida por artistas, pesquisadores e estudiosos, pois falar deste corpo entre/corpos significa tentar entender estas relações topológicas, metafísicas, que se estabelecem neste espaço corporificado nascido no/do corpo dançante. A investigação aqui proposta atravessa o pensamento sensualista e fenomenológico na busca pelo corpo-espaço interativo. Discuto também, a partir do pensamento desenvolvido sobre a questão da presença, a relação coreógrafo/bailarino dentro dos processos de criação em dança.

 ABSTRACT: Tell me how you feel. A commonplace phrase that exposes the dilemma of whether to talk about what the body feels as there are levels that only the experience can understand. This dissertation investigates the question of the body as topological space of convergence, connectedness and continuity taking as its starting point the thought exposed by Regina Miranda, in dialogue with the Greek philosopher Epicurus, with Maurice Merleau-Ponty and Jose Gil. In contemporary dance, the question is discussed by the presence of artists, researchers and scholars, because talk about this body between/bodies means trying to understand these topological, metaphysical relations that are established in this embodied space born in/of the dancing body. The reflection proposed here crosses the sensualist and phenomenological thought in the search for the interactive body-space. I also discuss, from the thought developed on the issue of the presence, the relationship choreographer/dancer within the creative processes in dance.