Comparação das técnicas Breath—Stacking e espirometria de incentivo na distribuição total e compartimental do volume da caixa torácica em pacientes com Doença de Parkinson
Doença de Parkinson, Pletismografia optoeletrônica, exercícios respiratórios, re-expansão pulmonar
Objetivo: Avaliar os efeitos da técnica Breath-Stacking (BS) e da Espirometria de Incentivo (EI) sobre os volumes da caixa torácica imediatamente após e em até trinta minutos após as técnicas em pacientes com doença de Parkinson (DP). Métodos: Trata-se de um estudo do tipo cross-over. Fizeram parte do estudo 14 pacientes com DP de leve a moderada. Os indivíduos realizaram a técnica Breath-Stacking, espirometria de incentivo a volume e participaram de uma fase controle de acordo com a randomização. Os voluntários foram avaliados pela pletismografia-óptoeletrônica sempre antes, imediatamente após e trinta minutos após a realização das técnicas. Foi utilizado a ANOVA de medidas repetidas com pós-hoc de Tukey para as variáveis paramétricas, e o teste de Friedman com pos-hoc de Dunns para as variáveis não paramétricas. O nível de significância adotado foi de 5%, com p<0,05. Resultados: A técnica BS e a EI elevaram o volume corrente e o volume minuto dos voluntários (p<0,05), sem alterações significativas na fase controle (p>0,05). O grupo EI apresentou maior contribuição dos compartimentos pulmonar (Vc, Ctp) e abdominal (Vc, Cta) após a técnica, sem alterações significativas após a BS e C. Os efeitos das técnicas não permaneceram após quinze minutos. A comparação do volume inspiratório alcançado entre as técnicas não mostrou diferença significativa. Conclusão: a técnica Breath-Stacking e a espirometria de incentivo promovem ganho imediato no volume corrente e no volume minuto dos voluntários com DP em estadiamento leve a moderado. Entretanto o protocolo apresentado não foi capaz de promover efeito residual às técnicas. Nenhuma das duas técnicas mostrou-se superior na geração de volumes inspiratórios na DP sendo, portanto equivalentes. Na prática clínica estes resultados sugerem que estas técnicas de reexpansão poder ser usadas como um recurso terapêutico para prevenir ou reverter áreas de atelectasia nestes pacientes.