ANÁLISE COMPARATIVA DA DISTRIBUIÇÃO DO VOLUME PULMONAR TOTAL E COMPARTIMENTAL DE CRIANÇAS COM PESO NORMAL E OBESIDADE EM DIFERENTES POSTURAS
Criança, Obesidade, Pletismografia optoeletrônica, Postura
Objetivo: Avaliar a variação de volume da caixa torácica de crianças e adolescentes que estão acima do peso nas posturas supino e sentado. Desenho: Estudo transversal analítico.Sujeitos: Cinqüenta e duas crianças/adolescentes (8-12 anos) divididas em três grupos: Grupo Obeso (GO=22); Grupo Sobrepeso (GSP=9); Grupo Controle (GC=21) foram avaliadas quanto às medidas antropométricas, teste de função pulmonar, exame das pressões respiratórias máxima e a pletismografia optoeletrônica em duas posturas, supino e sentado, durante a respiração tranquila. Resultados: As crianças que estão obesas apresentaram maiores valores em relação ao GSP e GC das seguintes variáveis espirométricas: volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (p<0.05) e capacidade vital forçada (CVF) (p<0.01). No exame de manovacuometria o GO apresentou um aumento na pressão inspiratória máxima (PImáx) (p<0.01) em comparação com os outros grupos. Quanto à distribuição do volume corrente, o GO possui uma maior contribuição do compartimento abdominal (AB) na postura supina (p<0.05) em relação ao GC e GSP, enquanto que na postura sentada os grupos não diferiram em relação à distribuição dos volumes.Conclusão: A obesidade em crianças/adolescentes não provoca prejuízos na função pulmonar, incrementa a força muscular inspiratória e aumenta a participação do compartimento AB na postura em supino, conclui-se que a postura supina associada à obesidade provoca aumento do trabalho diafragmático, desfavorecendo o desempenho da mecânica respiratória.