EFEITO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO COM EXERCÍCIOS SUPERVISIONADOS E NÃO SUPERVISIONADOS NO RISCO DE QUEDA EM IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO
Envelhecimento; Quedas; Prevenção; Exercícios
alta incidência de quedas em idosos, associada à alta morbimortalidade e o aumento dos custos econômicos para tratamento das lesões, tornam esse agravo um problema de saúde pública que determina forte necessidade de inserção de estratégias preventivas junto às políticas públicas de assistência à saúde. A despeito da consistência no que concerne à eficácia dos exercícios físicos na redução do risco de quedas, é necessário estudar como essa estratégia pode ser inserida na lógica da atenção básica junto à Estratégia de Saúde da Família, alcançando maior capilaridade na rede assistencial. O objetivo desta pesquisa é avaliar os efeitos de um programa de intervenção com exercícios supervisionados e não supervisionados no risco de queda em idosos residentes na comunidade. Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, do qual estão participando 46 idosos de ambos os sexos e idade ≥ 65 anos. Os mesmos foram submetidos a uma avaliação pré-intervenção que incluiu a coleta de dados sóciodemográficos, clínicos e Escala de Equilíbrio de Berg bem como as seguintes medidas de desfecho: Five Step Test; Teste de Apoio Unipodal; Timed Up and Go Test; Escala Internacional de Eficácia de Quedas-Brasil, a velocidade da marcha e força de preensão manual. Após avaliação inicial, os voluntários foram alocados em um dos 3 grupos de estudo: exercícios supervisionados (n=16); exercícios não supervisionados (n=15) e grupo controle (n=15). A análise dos dados foi realizada por meio do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) 17.0, adotando-se o nível de significância de 5%. A descrição da amostra foi realizada usando as medidas de distribuição central enquanto que para verificar a homogeneidade dos grupos, foi utilizada a ANOVA One-way para dados normais e o teste de Kruskal-wallis para dados com distribuição não normal. A idade dos voluntários variou de 65 a 85 anos (71,78± 5,39), sendo a maioria do sexo feminino (78,3%). As quedas recorrentes no último ano teve uma frequência relativa de 34,8%. Dentre todos os dados coletados não foram verificadas diferenças estatísticas (p<0,05) entre os grupos experimentais, confirmando a homogeneidade entre as variáveis, na condição pré- intervenção.