EFEITOS DO ALONGAMENTO E DO AQUECIMENTO NO DESEMPENHO ISOCINÉTICO E NA ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DO MÚSCULO BÍCEPS FEMORAL
exercícios de alongamento muscular, aquecimento, dinamômetro de força muscular, eletromiografia.
Introdução: O alongamento e o aquecimento muscular são práticas comumente utilizadas. No entanto, estudos recentes não têm encontrado evidências substanciais que sustentem o uso dessas técnicas para prevenção de lesões ou na melhora do desempenho muscular. Objetivo: Avaliar os efeitos dessas duas técnicas, isoladas ou associadas, no desempenho isocinético e na atividade eletromiográfica do músculo bíceps femoral. Materiais e métodos: 64 voluntários (32 homens e 32 mulheres) com idade de 23,1 ± 3,5 anos e índice de massa corporal de 23,5 ± 2,5 Kg/m2 foram aleatoriamente distribuídos em 4 grupos: controle, aquecimento, alongamento e aquecimento + alongamento. Todos foram submetidos a uma avaliação inicial no membro inferior não dominante, na qual foram observados o tempo de latência muscular e a amplitude de ativação do músculo bíceps femoral e o torque passivo, pico de torque, potência e pico de torque médio por meio de um dinamômetro isocinético. Após as respectivas intervenções, os voluntários foram submetidos à avaliação final (idêntica à inicial). Resultados: No grupo aquecimento + alongamento houve redução do tempo de latência muscular. Também houve redução da RMS durante a avaliação do torque passivo no grupo alongamento. O RMS durante a avaliação isométrica foi reduzida nos grupos aquecimento, alongamento e aquecimento + alongamento. A RMS na avaliação excêntrica apresentou redução nos grupos controle e aquecimento + alongamento. O torque passivo e o pico de torque excêntrico não apresentaram diferenças significativas pré e pós-intervenção em nenhum grupo. Houve redução do pico de torque isométrico em todos os grupos. A potência excêntrica apresentou redução nos grupos aquecimento e aquecimento + alongamento. Conclusão: O aquecimento e o alongamento, quando aplicados em associação podem reduzir o tempo de latência muscular e melhorar o desempenho em atividades físicas, prevenindo a ocorrência de lesões; o protocolo de alongamento promoveu alterações neurais, entretanto os protocolos empregados não alteraram as propriedades viscoelásticas do músculo