ASSOCIAÇÃO ENTRE SÍNDROME DA FRAGILIDADE, CORTISOL E FUNÇÃO COGNITIVA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Envelhecimento. Idoso Frágil. Cortisol. Função Cognitiva. Instituição de Longa Permanência para Idosos.
Introdução: O processo de envelhecimento vem exercendo substancial influência sobre o desenvolvimento e funcionamento das sociedades. Na medida em que o país passa por uma rápida transição demográfica, ocorrem profundas mudanças na sociedade, as quais se iniciam na própria esfera e configuração dos rearranjos familiares. Uma das alternativas de cuidados não-familiares existentes corresponde às instituições de longa permanência para idosos. As condições de vida e de saúde dessa população tem sido alvo do presente estudo. Em busca de uma medida mais adequada para mensurar as manifestações patológicas do envelhecimento, vem se utilizando o termo “fragilidade” para caracterizar idosos mais debilitados e vulneráveis. Atualmente, as definições acentuam a característica clínica da síndrome, caracterizada pela diminuição da reserva de energia e pela resistência reduzida aos estressores. Marcadores demográficos e neuroendócrinos também têm sido associados com fragilidade. É o caso do aumento nos níveis de cortisol e alteração da função cognitiva. Objetivo: Tem-se como objetivo delinear o perfil de fragilidade e sua relação com o cortisol salivar e a função cognitiva em idosos institucionalizados. Metodologia: Realizou-se um estudo observacional e analítico do tipo transversal, com uma amostra de idosos residentes em instituições de longa permanência do município de João Pessoa – PB. Foram coletadas informações sobre os dados sociodemográficos, estado de saúde física, capacidade funcional, nível de desempenho e atividade física, função cognitiva e nível de cortisol salivar. Além disso, o fenótipo de fragilidade, mensurado de acordo com peso, fadiga, força de preensão e velocidade da marcha. Utilizou-se o programa estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 17.0. Foi realizada a análise descritiva dos dados e posteriormente, serão aplicados os testes para a normalidade dos dados, bem como as análises bi e multivariadas. Em toda análise estatística será considerado um intervalo de confiança (IC) de 95% e um p< 0,05. Resultados preliminares: Participaram do estudo 71 idosos. Destes, 66.2% (n=47) foram considerados frágeis e 33.8% (n=24), não frágeis. A amostra estudada caracterizou-se pelo predomínio de mulheres (63.4%), de solteiros (52.1%), de cor mulata (54.9%) e de sujeitos com menos de oito anos de estudo (56.3%). As patologias mais freqüentes entre os idosos foram hipertensão arterial sistêmica (62.0%), doenças reumáticas (50.7%) e depressão (32.4%). A força de preensão manual e a velocidade de marcha foram os domínios do fenótipo de fragilidade mais prevalentes.