VELOCIDADE DA MARCHA COMO PREDITOR DE FRAGILIDADE EM
IDOSOS NORDESTINOS
envelhecimento, idoso frágil, idoso comunitário,
sensibilidade, especificidade
A síndrome de Fragilidade (SF) em idosos é caracterizada pela diminuição
das reservas fisiológicas, sendo associada a um aumento do risco de
incapacidade funcional, e maior vulnerabilidade à morbidade e à
mortalidade. O estudo realizado foi do tipo observacional analítico de
caráter transversal com uma amostra populacional de 391 idosos
comunitários com idade de 65 anos ou mais, de ambos os sexos, da cidade de
Santa Cruz-RN e teve como objetivo avaliar a capacidade de discriminação
da velocidade da marcha na determinação da presença de fragilidade em
idosos comunitários do nordeste brasileiro. Foi utilizado um questionário
multidimensional e para avaliação da presença da síndrome de fragilidade,
foram considerados: a perda de peso não intencional, fraqueza muscular,
auto-relato de exaustão, lentidão na marcha e baixo nível de atividades
físicas. O tempo de marcha foi avaliado a partir do desempenho ao andar
uma distância de 8,6 metros livres, excluindo 2 metros para a aceleração e
2 metros para a desaceleração, sendo o tempo final cronometrado para os
4,6m. Foi estabelecido como padrão o uso de um cronômetro (Professional
Quartz Timer da marca KADIO, modelo KD 1069). Foram calculadas a
sensibilidade e a especificidade do teste de velocidade da marcha em
diferentes pontos de corte do tempo de execução do teste, a partir dos
quais foi construída a curva ROC como uma medida de valor preditivo do
teste para identificar idosos frágeis. A área sob a curva pode variar
entre 0,5 e 1,0. O melhor ponto de corte foi definido como aquele em que a
sensibilidade e a especificidade apresentaram os valores mais próximos e
mais altos.