PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: RICARDO DIEGO RIMENEZ GURGEL DA FONSÊCA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RICARDO DIEGO RIMENEZ GURGEL DA FONSÊCA
DATA : 26/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: remoto
TÍTULO:

CARACTERÍSTICAS DO RITMO BIOLÓGICO SOCIAL E ASSOCIAÇÃO COM A CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL.


PALAVRAS-CHAVES:

Acidente Vascular Cerebral, ritmos social, ritmos biológicos, Social 


PÁGINAS: 94
RESUMO:

Introdução: Após o Acidente Vascular Cerebral (AVC) os pacientes apresentam diversos comprometimentos sensóriomotores que são frequentemente avaliados no processo de reabilitação, entretanto as alterações do ritmo biológico social são pouco investigadas em pacientes com distúrbios neurológicos, assim como, o impacto que elas podem ter na capacidade funcional dos pacientes. Objetivo: Investigar as características do ritmo biológico social e associar com a capacidade funcional em pacientes pós-AVC. Metodologia: Inicialmente foi realizada uma revisão de escopo, a fim de identificar as alterações do ritmo biológico social que poderiam ocorrer em indivíduos com distúrbios mentais e neurológicos, para que servisse de base para o estudo observacional analítico de caráter transversal que foi realizado em seguida.  A revisão de escopo foi realizada em bases de dados eletrônicas, admitindo-se artigos de todos os idiomas, sem restrição de ano de publicação, baseada no PRISMA. Os descritores utilizados foram: medida do ritmo social, SRM e ruptura do ritmo social. Foram analisados os estudos com desordens mentais e neurológicas. No estudo observacional, a amostra foi constituída por 73 pacientes (41 homens e 32 mulheres), com idade média de 60 anos (±10) e tempo médio de sequela de 19 meses (±22). As características do ritmo biológico social foram analisadas pela Social Rhythm Metric (SRM) e associação com a capacidade funcional foi realizada através da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Durante sete dias consecutivos os pacientes registraram a hora em que realizaram 17 atividades da SRM: levantar da cama, primeiro contato com uma pessoa, tomar bebida da manhã, tomar café da manhã, sair de casa, começar a trabalhar, almoçar, cochilar, jantar, fazer exercícios físicos, fazer um lanche, assistir programas de notícias à noite, assistir outros programas de televisão, voltar para casa e ir para a cama e mais duas atividades a serem escolhidas pelos pacientes. As características do ritmo 

biológico social analisadas foram: regularidade, intensidade, frequência e período das atividades. Em seguida, as atividades da SRM foram associadas com os domínios e categorias da CIF. Os dados foram analisados pelo teste t´Student, ANOVA e Qui-quadrado. Resultados: Na revisão de escopo foram encontrados 696 artigos. Destes, 15 artigos fizeram parte da listagem final e a amostra foi de 10.374 indivíduos com alterações mentais e neurológicas, com média de idade de 38 anos. Pontuações mais baixas da SRM (menor regularidade do ritmo social) estavam diretamente ligadas à depressão, ansiedade, ao aumento dos níveis de vulnerabilidade à doença bipolar e comprometimento neurológico após a doença de Parkinson e AVC, e pontuações mais altas da escala estavam associadas às condições normais de saúde ou diminuição da quantidade de crises, dos intervalos e da intensidade das alterações clínicas. No estudo observacional, a média da SRM foi de 5,1 ± 0,9 e da INA foi de 58,3 ± 14,9. Na amostra estudada, 40% dos pacientes tiveram baixa regularidade e baixa intensidade das atividades. Cinco atividades da SRM foram realizadas com baixa frequência: trabalhar, fazer exercícios, lanchar, assistir outro programa de tv e voltar para casa, as quais tiveram uma tendência a ter períodos maiores ou menores de 24 horas. Os domínios da CIF mais associados com a SRM foram: “Tarefas e exigências gerais”, “Comunicação”, “Mobilidade”, “Auto-cuidados, “Grandes áreas da vida” e “Vida comunitária social e cívica”. Conclusão: A revisão demonstrou evidências importantes da ruptura do ritmo social associada às desordens mentais e neurológicas, assim como o estudo observacional que apontou alterações no ritmo biológico social com implicações na capacidade funcional dos pacientes. A identificação da ruptura do ritmo social pode fazer parte da avaliação clínica durante o processo de reabilitação dos pacientes pós AVC.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2374822 - FABRICIA AZEVEDO DA COSTA CAVALCANTI
Interno - 350637 - RICARDO OLIVEIRA GUERRA
Externa à Instituição - ANA AMÁLIA TORRES SOUZA GANDOUR DANTAS
Externa à Instituição - HELOISA MARIA JACOME DE SOUSA BRITTO - ISD
Externa à Instituição - TANIA FERNANDES CAMPOS - UFPE
Notícia cadastrada em: 23/08/2024 10:33
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