Carga alostática e performance física em idosos: Achados do International Mobility in Aging Study (IMIAS)
Carga alostatica síndrome de adaptação geral, performance física e estudo multicêntrico.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre a Carga Alostática (AL) e os escores de desempenho físico em idosos de quatro cidades das Américas do Norte e do Sul. Métodos: Neste estudo transversal, dados de 1101 voluntários de três países (Canadá, Brasil e Colômbia) do International Mobility in Aging Study (IMIAS) foram usados para avaliar a associação entre o índice AL e a pontuação do Short Physical Performance Battery (SPPB). Três modelos de regressão linear múltipla foram usados, ajustados por idade, Status Socioeconômico (SES), condições crônicas, sintomas de depressão e o Teste Cognitivo de Leganés (TCL), foram desenvolvidos para estimar a associação independente entre SPPB e AL. A análise de mediação com os dados de AL de 2012 e covariáveis foi realizada para acessar os efeitos totais, diretos e indiretos da mediação nas pontuações de SPPB de 2016. Resultados: AL e SPPB foram inversamente associados, com adultos mais velhos com alta pontuação de carga alostática e mais baixa em SPPB (β: -0,234, Padrão: 0,033, valor p: <0,001). Efeitos indiretos foram evidenciados entre idade, SES e condições crônicas com os escores AL e SPPB. Condições crônicas também tiveram um efeito total nos escores SPPB e também foram mediadas por AL. No entanto, efeitos indiretos de sintomas depressivos e LCT em escores SPPB mediados por AL não foram observados. Conclusões: Os achados deste estudo sustentam que o aumento do índice de AL determina piores estados de desempenho físico após ajustes completos. A AL tem um papel mediador entre o número de doenças crônicas, sintomas depressivos, estado cognitivo e desempenho físico. O nível socioeconômico também influenciou os escores físicos mediados pelo índice de AL.