Avaliação não invasiva de propriedades de contração e relaxamento de músculos respiratórios em pacientes pós infecção pela COVID-19
Covid-19, músculos respiratórios, taxas de relaxamento, pressão inspiratória nasal, fraqueza muscular respiratória, pressão inspiratória nasal.
Danos pulmonares e nas vias aéreas podem ser causados pela COVID-19, com isso, desde que a Organização Mundial da Saúde declarou a doença como uma pandemia em março de 2020, torna-se evidente a necessidade de identificar essas manifestações e seus prejuízos após a infecção pelo vírus. Assim, neste estudo do tipo caso controle, a avaliação dos músculos respiratórios, quanto às propriedades de contração e relaxamento, foi realizada de forma não invasiva em 34 indivíduos que foram acometidos pela COVID-19. Esses pacientes foram divididos em três subgrupos de acordo com a internação, em UTI, enfermaria ou não internados, e foram submetidos à prova de pressão inspiratória e expiratória máximas (PImáx e PEmáx), teste de pressão inspiratória nasal (SNIP) e o sniff reverso ou pressão expiratória nasal (RSNEP). A análise estatística foi realizada no programa GraphPad Prism 6 software, onde é considerado um alfa (a) de 5% como significância estatística e um poder do teste (power) de 80%. Quando realizada a comparação intergrupos, a taxa máxima de relaxamento (MRR) apresentou diminuição significativa (P<0,0001), já a taxa máxima de desenvolvimento de pressão (MRPD) (p=0,927), Tempo de contração (TC) (p=0,115) e Tau (p=0,131). A capacidade vital lenta (CVF) e o fluxo expiratório forçado Médio (FEF25-75%) foram parâmetros que obtiveram grande diferença entre os grupos (P<0,0001). As propriedades contráteis e as taxas de relaxamento dos músculos respiratórios são parâmetros discriminatórios entre os grupos, principalmente naqueles que ficaram internados em UTI, com alterações na dinâmica respiratória causadas pelo vírus.