Influência da asma na postura e biomecânica da coluna vertebral em crianças
Asma, Postura, Fotogrametria, Criança.
Introdução: Uma postura adequada é consequência do equilíbrio das estruturas esqueléticas e musculares. Na infância esse equilíbrio pode estar alterado devido aos hábitos de vida diários. Em doenças que cursam com obstrução de vias aéreas, como a asma, pode haver uma sobrecarga da musculatura respiratória com o uso excessivo da musculatura inspiratória e expiratória acessórias, resultando em mudanças do comprimento muscular com consequentes alterações funcionais. Objetivo: Avaliar a influência da asma na postura e biomecânica da coluna vertebral de crianças. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, que avaliou crianças de 7 a 12 anos com diagnóstico clínico de asma e crianças saudáveis, pareados por idade, sexo, altura, percentil e prática de atividade de física. Foram realizadas avaliações antropométricas, amplitude de movimento, flexibilidade e força muscular da coluna, também foi avaliada a força de preensão palmar, realizado prova de função pulmonar, avaliação da presença de distúrbios do sono e sintomas de ansiedade nos dois grupos, o controle clínico da asma e a severidade da asma e a qualidade de vida foram avaliados apenas nas crianças com asma. Foram aplicados testes comparativos por meio do test t, considerando grupos como fator, e em seguida foi calculado o tamanho do efeito. Resultados preliminares: Quando comparadas as variáveis de amplitude de movimento da região cervical e toráco-lombar com controle clínico da asma, apenas o movimento de extensão toráco-lombar apresentou diferença significativa com p valor de 0,02 (TE 0.40). Nas comparações entre a força dos músculos da coluna cervical e toráco-lombar com o controle clínico foi observado diferença significativa para força de extensão de cervical com p valor de 0,02 (TE 0,40). Já nas comparações das variáveis de postura e biomecânica com a severidade da asma a força muscular de extensão toráco-lombar foi a única a apresentar diferença com um p valor de 0,005 (TE 0.43). Conclusões: Os achados sugerem que existem diferenças significativas na amplitude movimento da extensão toráco-lombar e força de extensão da coluna cervical entre os grupos do controle clínico e diferença entre a força de extensão toráco-lombar na severidade da asma.