ALTERAÇÕES CERVICAIS, DOR E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DISFUNÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR COM E SEM QUEIXAS OTOLÓGICAS: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Palavras-chave: Transtornos da Articulação Temporomandibular; Dor, Músculos do Pescoço; Orelha Interna.
Introdução: as disfunções temporomandibulares (DTM) são alterações nas estruturas articulares e/ou musculares do sistema mastigatório que comumente apresentam dor nos músculos da mastigação e regiões adjacentes, sons articulares, dores de cabeça, otalgia e desvios da mandíbula. Estudos sugerem associações diretas entre DTM e alterações na coluna cervical, sendo a dor cervical um dos principais sintomas detectados em tais disfunções, que relaciona-se principalmente à diminuição da força e resistência dos músculos cervicais. Além disso, dor no ouvido, zumbido e vertigem são apontados como queixas de origem otológica comumente presentes em indivíduos com DTM. Objetivo: avaliar e associar alterações cervicais, incapacidade cervical, nível de dor e qualidade de vida de indivíduos portadores de disfunção temporomandibular com e sem queixas otológicas. Métodos: trata-se de um estudo transversal no qual serão avaliados indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária dos 18 a 59 anos, portadores de disfunção temporomandibular e divididos em dois grupos: com e sem queixas otológicas. Como queixas otológicas serão incluídas queixas de tontura, vertigem, zumbido, otalgia e hipoacusia. Os indivíduos serão submetidos à avaliação do autorrelato da dor, limiar doloroso cervical e de musculatura mastigatória, posição da cabeça, incapacidade cervical e qualidade de vida, além do controle motor e resistência muscular dos flexores profundos cervicais (FPC). Todas as análises serão realizadas pelo programa estatístico SPSS 22.0 for Windows. Será adotado o intervalo de confiança de 95% e um p < 0,05 como diferença estatisticamente significativa. Resultados Esperados: é esperado que o grupo com queixas otológicas apresente maior nível de dor cervical e de musculatura mastigatória, incapacidade cervical, menor controle motor e resistência dos FPC e pior qualidade de vida.