Padrão eletroencefalográfico de indivíduos com Doença de Parkinson sob medicação durante a execução e imagética motora da marcha.
Doença de Parkinson; EEG.
A redução do neurotransmissor Dopamina na doença de Parkinson resulta em alterações eletrofisiológicas na atividade dos neurônios envolvidos no circuito corticoestriatal e nos sintomas motores e não motores observados na doença. Considerando que a literatura ainda apresenta divergências quanto ao padrão eletrofisiológico durante a execução e a imaginação de atividades complexas, o objetivo deste estudo foi analisar o poder espectral dos dados de EEG de indivíduos com doença de Parkinson (sob medicação) durante a execução e a imagética motora (cinestésica e visual) da marcha. Trata-se de um estudo observacional, com 17 indivíduos em uso de medicação antiparkinsoniana, idade média de 62,2 ± 5,8 anos e tempo médio de diagnóstico de 68,5 ± 8,2 meses. Para capturar dados brutos do EEG, foi usado um headset sem fio Emotiv EPOC com 16 sensores. Para cada ritmo (teta, alfa, beta e gama), a potência mediana relativa por canal foi comparada entre as diferentes atividades (execução, imagética cinestésica e imagética visual da marcha). O poder espectral do EEG não difere entre os tipos de imagética motora em indivíduos com doença de Parkinson com medicação, portanto, ambos podem ser usados durante sessões de treinamento de imagética motora para reabilitação. Indivíduos com doença de Parkinson sob medicação também apresentam um padrão de ritmos semelhante ao de indivíduos saudáveis, de acordo com comparações de dados da literatura.