Avaliação Termográfica: um recurso investigativo para região do assoalho pélvico de mulheres no pós-parto imediato
Termografia, Diafragma da pelve, Período Pós-parto
Introdução: Ao longo da vida da mulher, diversos eventos podem promover alterações estruturais e funcionais nos músculos do assoalho pélvico. Sabe-se que gestação e parto modificam a anatomia e fisiologia dos componentes do assoalho pélvico e pode favorecer o surgimento das disfunções do assoalho pélvico. O treinamento dos MAP no período da gestação pode prevenir e curar os acometimentos que envolvam a musculatura. No entanto, a avaliação funcional dessa região é dificultada devido a presença da loquiação. Objetivo: Avaliar o efeito agudo dos exercícios dos músculos do assoalho pélvico por meio da termografia infravermelha. Métodos: A pesquisa foi caracterizada como cross-over. Participaram do estudo 21 puérperas no primeiro dia de pós-parto, com idade entre 18 a 40 anos, recrutadas na Maternidade Professor Dr. Leide Morais, no ano de 2018. As participantes foram divididas em grupo intervenção (n=10) e grupo controle (n=11). Todas as voluntárias que concordem em participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para execução do estudo, foi aplicada a ficha de avaliação da pesquisa e, posteriormente, realizado o exame físico, contemplando a avaliação funcional do assoalho pélvico e a análise termográfica. As voluntárias realizaram um protocolo de treinamento dos músculos do assoalho pélvico e em seguida foram avaliadas novamente com a termografia adicionado do questionário Patient Global Impression.. Os dados foram analisados através do software estatístico SPSS 20.0, atribuindo-se o nível de significância de 5%. A estatística descritiva foi utilizada para apresentação dos dados sociodemográficos e clínicos. O teste T-student foi utilizado para comparação dos grupos. Resultados: A maioria das mulheres apresentavam um companheiro e a maior parte apresentava até 10 anos de estudo e renda familiar em torno de 1-2 salários mínimos. Não houve diferença estatística entre o número de paridade, ganho de peso gestacional, idade gestacional e características do recém-nascido. A frequência da episiotomia e de lacerações foi semelhante em ambos os grupos. Quanto a temperatura corporal observou-se 36,45±0,27 ºC e 36,27±0,47 ºC, respectivamente no grupo controle e experimental. A temperatura da sala foi de 26,0,4±1,63 ºC e 25,65±0,94 ºC no grupo controle e intervenção, respectivamente. A umidade apresentou média de 60,30±8,69% no grupo controle e 62,90±4,72% no grupo intervenção. Houve diferença na proporção da coloração do laranja (p=0,02) e na cor branco (p=0,02). O PGI-I mostrou uma média de 3,70±1,49 no grupo controle e 3,36±1,12 no grupo intervenção (p=0,56). Conclusão: A proporção das cores laranja e branco foram diferentes nos grupos após o protocolo. Foi encontrado ainda que a termografia não indicou fadiga muscular.