PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: CRISTIANO DOS SANTOS GOMES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISTIANO DOS SANTOS GOMES
DATA : 20/07/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Fisioterapia
TÍTULO:

PREVALÊNCIA DE FRAGILIDADE EM IDOSOS E FATORES ASSOCIADOS SOB A PERSPECTIVA DO CURSO DA VIDA: ANÁLISES DO INTERNATIONAL MOBILITY IN AGING STUDY – IMIAS


PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia, Envelhecimento, Fragilidade, Abuso físico na infância, Violência doméstica, Gravidez na adolescência, Paridade, renda, suporte social.


PÁGINAS: 216
RESUMO:

Introdução: A síndrome de Fragilidade, um estado de vulnerabilidade e de respostas homeostáticas deficientes após um evento estressor que ocorre como consequência do declínio cumulativo de múltiplos sistemas fisiológicos ao longo da vida, é uma das expressões mais problemáticas do envelhecimento populacional. Essa síndrome constitui um tópico importante a partir de uma perspectiva social, pois identifica grupos de pessoas com necessidade de atenção médica adicional e em alto risco de se tornarem dependentes. Nesse contexto, a epidemiologia do curso da vida estuda os efeitos na saúde em longo prazo de experiências biológicas, comportamentais e psicossociais no decorrer da vida. O estudo “International Mobility in Aging Study – IMIAS” utiliza a abordagem da Epidemiologia do Curso da Vida para contribuir com o conhecimento acerca dos desfechos relacionados à saúde e funcionalidade de idosos em quatro países com distintos perfis epidemiológicos. Objetivos: Estimar a prevalência de fragilidade nos idosos participantes do estudo; analisar a relação entre adversidades ao longo do curso da vida, entre estas, a violência doméstica e aspectos relacionados à história reprodutiva, e a síndrome de fragilidade;  e identificar possíveis preditores da transição para diferentes quadros de fragilidade. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal aninhado a um estudo de coorte (Estudo IMIAS) do qual participaram na primeira avaliação (n= 2002) idosos de ambos os sexos com faixa etária entre 65 e 74 anos residentes na comunidade em localidades distintas (Kingston e Saint-Hyancinthe, Canadá; Tirana, Albânia; Manizales, Colômbia e Natal, Brasil). Foram coletadas informações referentes a variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde experienciadas ao longo do curso da vida. A síndrome de fragilidade foi operacionalizada de acordo com os critérios propostos por Linda Fried para o fenótipo físico de fragilidade. Medidas de dispersão e de tendência central foram utilizadas para caracterização da amostra, análises bivariadas, multivariadas e de mediação. Resultados: A prevalência de fragilidade variou de acordo com os locais de estudo sendo menor no Canadá e maior no Brasil. Em Tirana e Natal as mulheres foram mais frágeis que os homens. Após análise multivariada ajustada por covariáveis, os idosos que reportaram ter sofrido abuso físico na infância apresentaram maior prevalência de fragilidade na velhice (OR=1.68; 95% CI: 1.01; 2.78) e o mesmo foi observado entre aqueles expostos a violência psicológica perpetrada pelo parceiro íntimo (OR= 2.07; 95% CI: 1.37; 3.12). Os efeitos da violência física na infância foram totalmente mediados pela presença de condições crônicas e sintomatologia depressiva enquanto que os efeitos da violência perpetrada pelo parceiro íntimo foi parcialmente mediada por estas mesmas variáveis. Entre as mulheres, ter filho antes dos 20 anos foi associado com maior prevalência de fragilidade (OR 2.15, 95%CI: 1.24-3.72), aquelas que tiveram 1-2 filhos apresentaram menores índices de pré-fragilidade status (OR 0.54, 95%CI 0.36-0.82)  e fragilidade (OR 0.43 95%CI 0.22-0.86) e ter realizado histerectomia foi considerado um fator que contribui de forma independente para uma maior prevalência de fragilidade em todos os modelos. Após ajustes (idade, sexo e local do estudo) a insuficiência de renda (RR 1.40; 95%IC 1.00-1.96) e ter apoio do parceiro (RR 0.80; 95%IC 0.64-1.01) foram considerados preditores de pior evolução do quadro de fragilidade. Conclusões: Abuso físico na infância, experiências de violência psicológica na vida adulta deixam marcas na trajetória de vida levando a desfechos adversos a saúde na velhice. Idade do primeiro filho, paridade e histerectomia são fatores que devem ser considerados como indicadores de saúde da mulher e parecem contribuir para a maior prevalência de fragilidade em mulheres quando comparada aos homens. Medidas que visem a redução das desigualdades sociais e econômicas são necessárias pois podem ter impacto sobre a saúde da população em especial dos idosos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1195933 - ANA CAROLINA PATRICIO DE ALBUQUERQUE SOUSA
Externo à Instituição - ETIENE OLIVEIRA DA SILVA FITTIPALDI - UFPE
Externo ao Programa - 2446479 - LILIAN LIRA LISBOA
Externo à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS RODRIGUES DE ARAÚJO - UFPE
Presidente - 350637 - RICARDO OLIVEIRA GUERRA
Notícia cadastrada em: 09/07/2018 15:29
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