EFEITOS DA TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE NA DOR MIOFASCIAL: ENSAIO CLÍNICO, RANDOMIZADOE CEGO
Pontos Gatilhos; Tensão muscular; Analgesia; Fontes Mecânicas.
Objetivo:investigar os efeitos da Terapia de Ondas de Choque (TOC) nos pontos gatilhos miofasciais, na dor e no desempenho neuromuscular do músculo trapézio. Materiais e métodos: ensaio clínico, randomizado e cego, composto por 60 mulheres (22,8±2,95 anos, peso médio de 55,68±7,35 kg, estatura de 1,61±0,59 cm e índice de massa corpórea de 21,37±2,39 kg/cm2) com presença de pontos gatilhos nas fibras superiores do músculo trapézio. As mesmas foram submetidas a uma avaliação inicial (AV1), composta pelo relato subjetivo da dor (por meio da escala visual analógica), avaliação do limiar de dor (por meio da algometria), do número de pontos gatilhos ativos e latentes e da atividade eletromiográfica do músculo trapézio superior em repouso e durante a contração.Em seguida as voluntárias foram alocadas randomicamente em três grupos: Controle (n=20), sem intervenção; placebo (n=20), simulação da aplicação da terapia por ondas de choque e grupo terapia por ondas de choque (n=20). Para os grupos placebo e TOC foi utilizado o equipamento Master Plus 200® Storz Medical. No grupo TOC foi usada emissão de 2000 pulsos, modo radial, frequência de 15 Hz, pressão de 2 Bar e ponteira de 6 mm2. Todas as voluntárias foram reavaliadas imediatamente e 48 horas após o protocolo de intervenção (avaliação 48 horas). Uma ANOVA mista foi usada para comparação intragrupos e intergrupos, seguida pelo post hoc de Tukey. Adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: verificou-se uma redução da dor pela EVA nos grupos placebo e TOC; o nível de dor após 48 h foi menor em ambos os grupos quando comparados ao grupo controle, sem diferenças entre eles. Na variável quantidade de pontos gatilhos totais, observou-se uma redução entre os grupos TOC e placebo, imediatamente e na avaliação 48 h, quando comparados ao momento inicial. Não foi observada diferença significativa nas análises do limiar de dor, da amplitude eletromiográfica ativa nem durante o repouso. Conclusão: a terapia por ondas de choque no tratamento da dor miofascial de mulheres apresentou o mesmo resultado do tratamento placebo.