RELAÇÃO ENTRE HISTÓRIA REPRODUTIVA E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM MULHERES DE MEIA-IDADE E IDOSAS RESIDENTES NA COMUNIDADE
História reprodutiva, força muscular respiratória, epidemiologia, envelhecimento.
Introdução: A história reprodutiva feminina e idade da primeira gestação, em conjunto com os efeitos da menopausa, tem contribuído para as alterações físicas que aparecem com o envelhecimento, como as alterações precoces na capacidade funcional de mulheres. Desta forma, vários são os fatores que podem influenciar a força muscular respiratória. Objetivo: Avaliar associações da força muscular respiratória com variáveis da história reprodutiva, em mulheres de meia idade e idosas residentes na comunidade. Métodos: Foram estudadas 208 mulheres entre 40-80 anos, nas cidades de Santa Cruz - RN. Os sujeitos foram recrutados por conveniência e após consentimento, a avaliação foi realizada. Foram coletados dados sociodemográficos, medidas antropométricas, hábitos de vida, história reprodutiva, avaliação do desempenho físico (força de preensão manual, velocidade da marcha e teste de levantar-sentar), avaliação da força muscular respiratória (manovacuometria), avaliação da composição corporal (análise de bioimpedância elétrica). Resultados: Aproximadamente 44,1% da amostra tiveram 3 filhos ou menos, 30,4% tiveram 4-6 filhos e 25,5% tiveram mais que 7 filhos. Houve uma diferença significativa considerando a paridade quando comparada entre as duas categorias de idade (41-60 versus 61-80 anos de idade). Os valores de PImáx foram diferentes ao considerar a escolaridade, tabagismo, tempo sentada por dia e paridade. Ao considerar os valores de PEmáx, houve diferenças quanto à escolaridade e paridade. Quanto à PImáx, aqueles que deram à luz três ou menos filhos tinham mais de 20 cmH2O do que aqueles que haviam parido sete filhos ou mais. Considerando a PEmáx, a diferença entre grupos educacionais foi de 12 cmH2O entre aquelas que deram à luz a três ou menos filhos e aquelas com sete filhos ou mais. Conclusão: Este estudo traz evidências de que a multiparidade influencia a força muscular respiratória, uma vez que mulheres com maior número de filhos têm valores mais baixos de pressões respiratórias máximas. Este estudo também conclui que outras variáveis, como o IMC e o tempo gasto em sedentarismo ao longo do dia possuem relação com a capacidade de gerar pressões respiratórias.