EFEITOS DA CONTRAÇÃO TIXOTRÓPICA DOS MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS NOS VOLUMES PULMONARES EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON
Tixotropia; Doença de Parkinson (DP); músculos respiratórios; padrão respiratório.
INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central, caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos no tronco encefálico, principalmente na região da substância negra. Seus principais sinais clínicos são rigidez, bradicinesia, tremor em repouso e instabilidade postural. Adicionalmente, devido a progressão da doença, sintomas e complicações respiratórias merecem atenção especial por apresentar um elevado índice de mortalidade. OBJETIVO: Avaliar os efeitos agudos de manobras de contrações na modalidade tixotrópica dos músculos inspiratórios sobre os volumes da parede torácica em pacientes com DP. Trata-se de um estudo aleatório do tipo cruzado. MÉTODOS: Foram avaliados para participar do estudo 18 pacientes com DP. Foram incluídos no estudo 14 pacientes com DP (9H, 5M). Todos foram avaliados em relação a função pulmonar, força muscular respiratória, variação de volumes da parede torácica antes e após as contrações na modalidade tixotrópica dos músculos inspiratórios, ao nível de volume residual (VR) e da capacidade pulmonar total (CPT). Como controle foi utilizada a mesma manobra substituindo a contração dos músculos inspiratórios por apneia. A ordem de realização das manobras foram aleatorizadas e foram realizadas com um período de washout de 7 dias. RESULTADOS: Nossos resultados mostraram que no grupo apneia houve aumento significativo nos valores do VEF, nos compartimentos PT (p=0,0010) e CTp (p=0,0002), como também os valores do VIF aumentaram nos compartimentos PT (p=0,0179) e CTa (p=0,0486) após a realização das manobras partindo da CPT. Após as manobras partindo do VR, o grupo apneia apresentou diminuição significativa do VEF apenas no compartimento da CTp (p=0,0431) e o grupo contração não apresentou resposta significativas a esse tipo de manobra. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem uma tendência do aumento dos volumes da caixa torácica após a realização das manobras tixotrópicas partindo da CPT especialmente na caixa torácica pulmonar e abdominal na apneia, e caixa torácica pulmonar na contração inspiratória. Em contrapartida, uma diminuição do VEF após a realização das manobras partindo de VR, para a parede torácica na manobra de apneia.