Efeitos de diferentes intensidades de alongamento passivo estático na flexibilidade, desempenho neuromuscular e funcional em atletas de futebol: Ensaio Clínico, Controlado, Randomizado e Cego
Alongamento muscular, sensação de alongamento, dinanometria isocinética, carga de alongamento.
Introdução: A intensidade é uma variável “qualitativa” de um protocolo de alongamento muscular, muito pouco estudada devido a sua característica de ser inerente ao individuo que está sendo alongado. Porém apontada como fator importante para o ganho de ADM. Objetivos: Verificar os efeitos de diferentes intensidades do alongamento passivo estático na flexibilidade, desempenho neuromuscular e funcional em atletas de futebol. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico, controlado, randomizado e cego, composto por sujeitos do sexo masculino, atletas de futebol, divididos aleatoriamente em 4 grupos: Grupo Controle (GC), Grupo Experimental 1 (GE1), Grupo Experimental 2 (GE2) e Grupo Experimental 3 (GE3). Inicialmente serão submetidos as medidas de avaliação da flexibilidade (passiva e ativa), desempenho neuromuscular (torque passivo muscular, atividade eletromiográfica), e funcional (salto vertical e shuttle run test) de isquiotibiais do membro inferior não dominante, realizadas antes e imediatamente após a 1ª e 48h após a última sessão. O GC será submetido apenas à avaliação inicial e reavaliação final. Os grupos experimentais passarão por um protocolo de alongamento passivo estático contendo 10 sessões, divididos em 3 sessões semanais, com 3 manobras de 30 s, porém com diferentes intensidades (Dor Máxima Tolerável, Desconforto Máximo Sem Dor, e a Sensação de Alongamento Sem Desconforto) estabelecidos a partir da uma escala visual PERFLEX-modificada. Resultados Esperados: Espera-se que os grupos com maiores intensidades de alongamento passivo estático (Dor Máxima Tolerável e Desconforto Máximo Sem Dor) apresentem maiores ganhos de flexibilidade, sem alteração no torque passivo muscular, atividade eletromiográfica e desempenho funcional, enquanto a intensidade de Sensação de Alongamento sem Desconforto (em uma zona de conforto) proporcione uma maior diminuição do torque passivo muscular, sem alteração significativa da flexibilidade em indivíduos atletas de futebol. Este trabalho poderá contribuir com a prática clínica dos profissionais de saúde, pois, busca melhorar a elaboração da prescrição clínica de protocolos de alongamento passivo estático (seja ele realizado pelo próprio individuo ou não), estabelecendo níveis de intensidades ótimos para um dado grupo muscular.