Análise da atividade cerebral nos lobos frontais de adultos jovens e idosos durante a imersão em ambiente virtual.
Terapia de Exposição à Realidade Virtual, EEG, Jogos de vídeo, Fisioterapia.
Introdução: Durante o processo de envelhecimento, ocorrem alterações fisiológicas que promovem uma menor eficiência no processamento cerebral e planejamento motor, especialmente quando comparado a indivíduos jovens. Nos últimos anos a realidade virtual (RV), vem se popularizando e sendo cada vez mais aplicada nos centros de reabilitação, sendo mais uma ferramenta de atenção à saúde, inclusive na terceira idade. Por ser considerada um recurso motivador e que promove maior adesão ao tratamento, a RV se disseminou rapidamente. No entanto, pouco se sabe como a utilização da terapia baseada em jogos influencia na ativação cerebral de diferentes grupos submetidos a este tipo de estímulo. Frente às diferentes demandas cognitivas e motoras proporcionadas por tal recurso, mecanismos alternativos, como os equipamentos de eletroencefalografia portáteis, se fazem necessário para mensurar como a atividade cerebral se comporta frente a tal exposição. Objetivo: Este estudo tem por objetivo, investigar os resultados imediatos de uma exposição a um jogo de equilíbrio, realizado em ambiente virtual, na ativação cerebral dos lobos frontais de adultos jovens e idosos, Metodologia: Estudo comparativo, envolvendo 20 indivíduos divididos nos grupos: jovem (GJ) e idoso (GI). Após passarem por uma avaliação do estado geral, do suporte necessário para a marcha e do estado cognitivo, os participantes realizaram durante 4 minutos, o jogo penguim slide da categoria de equilíbrio do Nintendo Wii, cujos efeitos sobre a atividade cortical foram observados por meio da coleta realizada pelo Emotiv EPOC. Resultados: A frequência de onda alfa apresentou um maior poder de ativação em ambos os grupos. Para comparação do poder de ativação entre os grupos foi realizado o teste Mann-Whitney, o qual não mostrou diferenças estatística entre as bandas de frequência alfa (p=0,58) e beta (p=0,92). Descritivamente é possível verificar uma tendência do GI ativar mais os canais do hemisfério direito, enquanto o contrário é observado no GJ. Conclusão: A ativação das ondas alfa e beta nos canais frontais, para indivíduos jovens e idosos não difere quando os mesmos são submetidos a uma experiência com RV.