EFEITOS DO KINESIO TAPING NO QUADRO ÁLGICO E NO DESEMPENHO NEUROMUSCULAR DE PORTADORES DA SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR
joelho; músculo quadríceps; isocinético; eletromiografia.
A Síndrome da Dor Femoropatelar (SDFP), definida como dor anterior ou retropatelar, é uma das disfunções músculo-esqueléticas mais frequentes no joelho que acomete, sobretudo, a população feminina e cujo tratamento apresenta-se controverso. Objetivo: Analisar os efeitos imediatos e tardios da aplicação do Kinesio Taping (KT) na atividade eletromiográfica do músculo vasto medial oblíquo (VMO), no desempenho isocinético do quadríceps femoral e na dor de sujeitos portadores da SDFP. Métodos: Ensaio clínico, controlado, randomizado e cego, no qual 54 voluntárias, com idade média de 23,70 ± 3,76 anos, foram distribuídas aleatoriamente em três grupos e realizaram um dos seguintes protocolos: (1) grupo controle - permaneceram em repouso; (2) grupo com tensão - aplicação do KT com tensão na região do VMO; (3) grupo sem tensão - aplicação do KT sem tensão, na mesma região. Todas as voluntárias foram submetidas à avaliação da intensidade da dor, da atividade eletromiográfica do VMO e do VL e dos parâmetros dinamométricos em três momentos distintos: antes da aplicação do KT, imediatamente após e 72h depois da aplicação. A análise estatística foi realizada por meio do SPSS (versão 20.0). Foi utilizada uma ANOVA de modelo misto para verificar diferenças intra e intergrupo, com nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Houve diferença significativa intergrupo na intensidade da dor na avaliação 72h entre o grupo sem tensão e o grupo controle. Com relação às variáveis dinamométricas, pico de torque normalizado pelo peso corporal, pico de torque médio, potência média e trabalho total não houve diferença significativa entre os grupos avaliados. No que se refere às variáveis eletromiográficas, razão VMO/VL e tempo de início da ativação do VMO em relação ao VL em cadeia aberta e fechada, também não foram observadas diferenças. Conclusão: O Kinesio Taping, aplicado no vasto medial oblíquo, não promove alterações imediatas e nem tardias no desempenho isocinético e nos parâmetros eletromiográficos de portadores da Síndrome da Dor Femoropatelar. Entretanto, foi observada uma redução da dor no grupo sem tensão, após 72 horas da aplicação.