Repercussões do treinamento muscular inspiratório na tolerância ao exercício avaliada através do teste do degrau de seis minutos.
Ultrassonografia, músculos respiratórios, tolerância ao esforço.
Introdução: O treinamento muscular inspiratório (TMI) é uma opção para o aumento da força muscular respiratória, com vários efeitos positivos em diversas populações. Objetivo:Verificar a tolerância ao exercício, força muscular respiratória e espessura e mobilidade diafragmática antes e após o protocolo de TMI de 9 semanas. Metodologia: Em um ensaio clínico controlado, randomizado e duplo-cego, 24 participantes foram divididos em dois grupos: Treinamento (G55%) e Controle (G10%). Foram realizados o teste do degrau de seis minutos (TD6), manovacuometria, espirometria e ultrassonografia do músculo diafragma. O grupo treinamento (G55%) realizou o protocolo com carga de 55% da PImáx e o grupo controle (G10%) com 10%. Todos treinaram 2x por dia, 6x por semana, durante 9 semanas com reavaliação da PImáx a cada duas semanas para reajuste de carga. Os dados foram analisados através do programa SPSS 20.0 com nível de significância de 5%. Resultados: Houve diferença significativa na quantidade de degraus subidos (G55%: p=0,03; G10% p=0,001*) força muscular inspiratória (G55%: p=0,02; G10%: p=0,01), variação da frequência cardíaca (G10%: p=0,025) e percepção de dispneia (G10%: p=0,032). Não foi verificada diferença significativa na força muscular expiratória (G55%: p=0,089; G10%: p=0,242), espessura em CRF (G55%: p=0,070; G10% p= 0,857), espessura em CPT (G55%: p=0,480; G10%: p=0,551) e mobilidade (G55%: p=0,317; G10%: p=0,057). Conclusão: Protocolos com cargas leve e moderada promovem melhora na tolerância ao exercício e na pressão inspiratória máxima, porém não são suficientes para promover alterações morfológicas no diafragma de indivíduos saudáveis.