AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CORTICAL DURANTE TAREFA FUNCIONAL DE MEMBROS INFERIORES EM AMBIENTE VIRTUAL E REAL
Realidade virtual. Fisioterapia. EEG.
Introdução: O Sistema Nervoso Central (SNC) é organizado em grandes áreas de forma que regiões específicas sejam responsáveis por funções distintas. Entretanto, uma rede de conexões existente entre as regiões do cérebro, permite a integração funcional do organismo através da propagação de impulsos elétricos, que caracteriza a ativação cerebral. Na atualidade, uma das técnicas que tem permitido o monitoramento da atividade cerebral é a eletroencefalografia a partir de interfaces não-invasivas e wireless. O registro do eletroencefalograma (EEG) gerado, caracteriza, a partir da variação da frequência, os ritmos cerebrais delta (0.5–4 Hz), theta (4–8 Hz), alpha (8–13 Hz), beta (13–30 Hz) e gama (acima 30 Hz). Estudos envolvendo ativação cerebral têm investigado a relação entre alterações nos padrões de ritmos cerebrais e mudanças no comportamento do indivíduo. No entanto, pouco se sabe acerca do comportamento da ativação cerebral durante tarefas inseridas no processo de reabilitação e de que forma esta ativação é caracterizada em ambientes terapêuticos virtuais ou reais. Objetivo: Investigar a atividade cerebral de adultos jovens saudáveis durante uma tarefa motora de membros inferiores em um ambiente virtual e em um ambiente real. Metodologia: Trata-se de um estudo cross-over no qual 10 adultos jovens saudáveis serão submetidos a uma avaliação eletroencefalográfica, durante a execução de tarefa de subir e descer um degrau no ambiente virtual (jogo basic step do Nintendo Wii) e em ambiente real. Resultados prévios: Os resultados preliminares obtidos a partir do estudo piloto realizado com 01 indivíduo mostraram que a região temporal e occipital direita foram as mais ativadas, tanto em ambiente virtual quanto em ambiente real. Além disso, descritivamente, observou-se que a maior variação de amplitude de ondas theta e alpha entre os ambientes real e virtual ocorreu na região frontal direita, já a maior variação de amplitude de onda beta ocorreu na região temporal esquerda.