Relação entre o perfil do cortisol e a sintomatologia depressiva em idosos residentes na comunidade: Um estudo transversal
cortisol, idoso, sintomatologia depressiva, Brasil
Objetivos: Analisar a relação entre o perfil do cortisol e a sintomatologia depressiva em uma amostra de idosos da população do Nordeste brasileiro, residentes na comunidade.
Metodologia: Estudo observacional analítico, de caráter transversal, realizado em uma amostra de 256 idosos, acima de 65 anos, residentes na comunidade. A sintomatologia depressiva foi avaliada pela versão brasileira da Center for EpidemiologicStudies-DepressionScalee o perfil do cortisol através das coletas de saliva realizadas ao acordar, 30 minutos após acordar, 60 minutos após acordar, às 15 horas e antes de dormir, além de medidas compostas dessas medidas. Como co-variáveis foram avaliadas condições sociodemográficas e condições de saúde.Para análise das medidas do cortisol entre idosos com e sem presença da sintomatologia depressiva, e entre o sexo, foi realizado o teste t de Student. Para verificar as diferenças entre as medidas do cortisol em cada curva foi utilizada a Análise de Variância (ANOVA) de medidas repetidas, com teste pós-hoc de Bonferroni.
Resultados:Houve diferença significativa apenas para a medida de cortisol salivar realizada ao acordar, entre os idosos com presença e ausência da sintomatologia depressiva. Não houve diferença significativa em relação ao sexo. Na análise entre as medidas de cada curva, foi observado que nos idosos com sintomatologia depressiva a 1ª medida não teve diferença significativa em relação à 2ª e 3ª medida, demonstrando o aspecto plano da curva. Além disso, não houve diferença significativa da 4ª medida em relação à 5ª, o que demonstra um maior nível noturno de cortisol para os idosos com sintomatologia depressiva, sem declínio, com aspecto plano da curva.