Banca de DEFESA: BRUNO LUSTOSA DE MOURA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNO LUSTOSA DE MOURA
DATA: 24/04/2014
HORA: 10:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL
TÍTULO:

O Enigmático Problema das Gigantes Ricas em Lítio e as Perspectivas com o Satélite Kepler


PALAVRAS-CHAVES:

Estrelas, gigantes vermelhas, Lítio, convecção.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Física
RESUMO:

O Lítio (Li) é um elemento químico com número atômico 3 e está entre os elementos mais leves conhecidos no Universo. De forma geral, o Li é encontrado na natureza sob a forma de dois isótopos estáveis, o  6Li e o 7Li . O isótopo 7Li é o mais dominante e responde por cerca de 93% do Li encontrado no Universo. Devido a suas características de fragilidade, este elemento é largamente utilizado na astrofísica, sobretudo no que diz respeito ao entendimento dos processos físicos que ocorrem desde o Big Bang, passando pela evolução química de Galáxias até as estrelas.

Na nucleossíntese primordial no momento do Big Bang (BBN), os cálculos teóricos preveem uma produção de Li juntamente com os outros elementos leves tais como o deutério e o Berílio.  Para o Li a teoria do BBN revê uma abundância primordial de log n (Li) = 2.72 dex, numa escala logarítmica relativa ao H.  A abundância de Li encontrada nas estrelas pobres em metal, ou estrelas de pop II, é assim clamado como sendo a abundância de Li primordial e apresenta a medida de log n(Li) = 2.27 dex. Já no ISM (interestellar medium ou meio interestelar), que reflete o valor atual, a abundância de Li é de log n(Li) = 3.2 dex. Esta valor é de grande importância para a nossa compreensão da evolução química do Galáxia. Os processos responsáveis pelo aumento do valor primordial para o valor presente Li (ISM) não são claramente compreendidos nos dias de hoje.

O fato é que existe uma contribuição real de Li provenientes das estrelas gigantes de pouca massa, e esta contribuição precisa ser bem estimada se quisermos entender a evolução química da nossa Galáxia.  O principal entrave desta sequência lógica, é o aparecimento de algumas estrelas gigantes de baixa massa, de tipos espectrais G e K cujo a atmosfera é altamente enriquecido com Li.  Tais valores elevados são exatamente ao contrário do que se poderia esperar como abundancia típica para as estrelas gigantes de baixa massa, onde envelopes convectivos passam por um aprofundamento em massa (dredge-up) no qual todo o Li deveria ser diluído e apresentar abundancias em torno de log n(Li) ~ 1,4, seguindo o modelo padrão de evolução estelar.

Na literatura, encontram-se três sugestões que tentam reconciliar os valores da abundância de Li teórica e observada nestas gigantes ricas em Li, no entanto nenhum destes traz respostas conclusivas. No presente trabalho, propomos um estudo qualitativo do estado evolutivo das estrelas ricas em Li presentes na literatura.  Neste sentido foi coletado uma de estrelas ricas em Li da literatura juntamente com a recente descoberta da primeira estrela rica em Li observada pelo satélite Kepler. O objetivo principal deste trabalho é de promover uma sólida discursão sobre o estado evolutivo baseado nas características obtidas a parir da análise sísmica do objeto observado pelo satélite Kepler.  Utilizamos traçados evolutivos e simulações feitas com o código de síntese de população TRILEGAL com o intuito de avaliar tão preciso quanto possível o estado evolutivo e a estrutura interna deste grupo de estrelas. Os resultados apontam para um tempo característico muito curto, quando comparado com a escala evolutiva, referente ao enriquecimento destas estrelas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2496004 - JOSE DIAS DO NASCIMENTO JUNIOR
Externo ao Programa - 2887830 - MATTHIEU SEBASTIEN CASTRO
Externo à Instituição - JOSÉ RONALDO PEREIRA DA SILVA - UERN
Notícia cadastrada em: 27/03/2014 11:33
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa14-producao.info.ufrn.br.sigaa14-producao