Banca de DEFESA: CLARISSA LOUREIRO DAS CHAGAS CAMPÊLO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CLARISSA LOUREIRO DAS CHAGAS CAMPÊLO
DATA: 11/04/2013
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

Efeitos da estimulação ambiental sobre os aspectos motores, cognitivos e neuronais em um modelo farmacológico progressivo da doença de Parkinson.


PALAVRAS-CHAVES:

Doença de Parkinson; modelo animal; reserpina; enriquecimento ambiental.


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A doença de Parkinson (DP) é uma doença crônica e progressiva que acomete principalmente os neurônios dopaminérgicos da substância negra parte compacta (SNpc) e é caracterizada pela presença de sintomas motores , alterações cognitivas e depressão. Estudos com modelos animais da DP permitem ampliar o conhecimento dos mecanismos neuropatológicos e bioquímicos e auxiliar no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. A estimulação ambiental é uma estratégia neuroprotetora em diferentes modelos animais de dano neurodegenerativo, inclusive na DP. Os estudos realizados até o momento priorizam as repercussões da estimulação ambiental sobre os aspectos motores, e em modelos farmacológicos agudos desta patologia. O presente estudo teve como objetivo avaliar as repercussões da exposição ao ambiente enriquecido nos aspectos motores, cognitivos e neuronais (níveis de tirosina hidroxilase (TH) e fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF)) no modelo progressivo da DP pela administração repetida de reserpina (RES) em camundongos. Foram utilizados 76 camundongos machos tratados repetidamente com veículo ou 0,1 mg/kg de RES (s.c), divididos em duas condições de alojamento: padrão e ambiente enriquecido. Nos animais mantidos na condição padrão, o tratamento com RES foi capaz de provocar alterações motoras (teste de catalepsia, atividade motora no campo aberto e movimentos orais) e alterações cognitivas nos teste de reconhecimento do objeto novo (RON) e na tarefa da esquiva discriminativa no labirinto. Quando iniciada antecedendo o tratamento (mas não quando iniciada concomitantemente), a estimulação ambiental retardou o aparecimento dos déficits motores avaliados pela catalepsia e facilitou a recuperação destes déficits após o final do tratamento. Além disso, a estimulação ambiental preveniu o aparecimento do déficit cognitivo no teste de RON. Na avaliação histoquímica, o tratamento com RES reduziu o número de células positivas para TH na SNpc dos animais eutanasiados ao final das injeções. Contudo, 30 dias após o final do tratamento esse déficit foi revertido. Apesar da ANOVA ter apontado efeito do ambiente neste parâmetro, essa diferença não foi detectada pelo teste post hoc. O tratamento com RES reduziu os níveis de BDNF no estriado e na região CA3 do hipocampo e a exposição ao ambiente enriquecido impediu esse efeito no estriado. Desta forma, o protocolo de estimulação ambiental utilizado no presente estudo, quando iniciado previamente ao tratamento, foi eficiente em retardar o aparecimento dos déficits motores e acelerar a recuperação destes, além de prevenir o déficit de memória de curto prazo e evitar a redução dos níveis de BDNF. Esses resultados corroboram estudos prévios sugerindo que alterações plásticas cerebrais induzidas pelo enriquecimento ambiental promovem efeitos benéficos sobre a progressão de doenças neurodegenerativas. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1439078 - REGINA HELENA DA SILVA
Interno - 1645202 - ELAINE CRISTINA GAVIOLI
Externo à Instituição - FLAVIA TEIXEIRA SILVA - UFS
Notícia cadastrada em: 03/04/2013 18:40
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