Banca de DEFESA: TIAGO JOSÉ BENEDITO EUGÊNIO - (Retificação)

Uma banca de DEFESA foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: TIAGO JOSÉ BENEDITO EUGÊNIO

DATA: 19/08/2010

HORA: 09:00

LOCAL: Sala da Pós

TÍTULO:

A trapaça é rara, mas é bem lembrada: o efeito da cor da pele e do gênero na memória de faces


PALAVRAS-CHAVES:

Trocas sociais, memória, faces, psicologia evolucionista.


PÁGINAS: 100

GRANDE ÁREA: Ciências Humanas

ÁREA: Psicologia

RESUMO:

Todas as sociedades apresentam uma ordem, esta caracterizada por um

conjunto de normas sobre o que é permitido e o que deve ser coibido. A

compreensão sobre a origem, fixação e evolução das normas de convivência é

fundamental para entender a sociedade tal como ela é; bem como o real papel

dos indivíduos que as compõem e escrevemos um artigo teórico abordando

essa idéia. Apresentamos a Teoria do Contrato Social como um modelo

interessante para o estudo da evolução dos mecanismos cognitivos que

regulam as trocas sociais. Esta teoria postula a existência de um módulo

específico de trapaça. Diversos trabalhos procuraram testar essa hipótese,

inclusive relacionando esta adaptação com a melhor recordação de faces de

trapaceiros. No entanto, observamos que estes apresentam resultados

divergentes sobre a existência ou não de um suposto módulo para a detecção

de trapaceiros. Além disso, foi possível constatar falhas metodológicas nos

trabalhos anteriores e a negligência no estudo da relação entre a lembrança e

variáveis inerentes a qualquer indivíduo como o sexo e diferenças quanto à

tonalidade da cor da pele. Assim, se fez necessária uma nova investigação

descrita no artigo empírico. Para tanto, expusemos 190 alunos do ensino médio

e universitário a oito vídeos de 30’’ cada, aonde era exibidas cenas de um

sujeito estímulo (SE; 4 homens e 4 mulheres) com diferentes tonalidades de

cor de pele. Fazendo uso de fones de ouvido os participantes ouviam uma

narração, a qual identificava o SE como não confiável ou confiável. Depois de

uma tarefa de distração, os participantes assistiam a uma sessão de fotos de

fotos com 34 SE, incluindo os 8 SE vistos nos vídeos. Os participantes eram

solicitados para apontar quais SE foram exibidos nos vídeos. Nossos

resultados apontam uma memória diferencial para os SE identificados como

não confiáveis. A

para a existência de um módulo específico para a detecção de trapaça, uma

vez que se lembrar de indivíduos não confiáveis, de fato, é fundamental para

amenizar ou evitar os custos das interações com os mesmos no futuro.

Entretanto, as análises subseqüentes, incluindo variáveis inerentes a qualquer

indivíduo como o sexo e a tonalidade da cor da pele dos SE mostram a

influência da seleção sexual e dos fatores culturais na lembrança de faces. Por

exemplo, os SE do sexo feminino são mais bem lembradas pelos sujeitos

experimentais do mesmo sexo e os SE confiáveis e com cor de pele mais

escura são mais bem lembrados tanto pelos homens como mulheres

participantes. Além disso, observamos que existe uma tendência para

lembrança de eventos ou características percebidas como raras ou menos

salientes na população. Acreditamos que prestar atenção àquilo que é diferente

confere uma vantagem adaptativa, pois se a maioria da população age de uma

determinada forma é fácil ter uma estratégia de resposta às estratégias dos

outros. Porém, quando o padrão é raro ou errático é preciso mudar o

comportamento em resposta a esses eventos que saem do padrão. Assim

sendo, prestar atenção àquilo que é diferente pode ter permitido os indivíduos a

usarem estratégias condicionais de maneira mais eficiente.

priori poderíamos constatar e aceitar isso como evidência


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CHARBEL NIÑO EL-HANI - UFBA
Interno - 1350337 - FIVIA DE ARAUJO LOPES CAVALCANTI
Presidente - 347579 - MARIA EMILIA YAMAMOTO
Notícia cadastrada em: 09/08/2010 17:19
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