O efeito psicofisiológico do estresse em casais que se submetem ao tratamento de fertilização in vitro
Infertilidade; Fertilização in vitro; Estresse; Cortisol; Relação marital; Sexualidade; Suporte social.
A infertilidade é uma condição que afeta aproximadamente 15% a 25% dos casais que desejam engravidar. A reprodução para ser bem sucedida depende do sincronismo preciso entre os fatores neuroendócrino e comportamental, bem como de ótimas condições fisiológicas e ambientais. Estudos evidenciam a correlação fisiológica existente entre o estresse e os parâmetros reprodutivos, e sua influência negativa sobre a probabilidade de alcançar uma gravidez. As habilidades do sujeito para responder adequadamente a cada estressor dependem dentre outras características, do seu estilo de enfrentamento e de um suporte social adequado. A fim de examinar o impacto do estresse relacionado à infertilidade, a utilização da díade como unidade de análise se faz importante, visto que embora enfretem tal estressor de modo independente, o casal constitui-se como uma unidade diádica interdependente. Os sintomas psicológicos advindos da infertilidade são complexos e influenciados por diversos fatores, como diferenças de gênero, causas e duração da infertilidade, estágio específico da investigação e do tratamento, além da própria capacidade de adaptação ao problema e da motivação para ter filhos.Atualmente nota-se um aumento progressivo na necessidade de uso das tecnologias de reprodução assistida, seja ela de alta ou baixa complexidade e, por isso, a finalidade deste estudo consiste em avaliar como o perfil psicofisiológico modula o resultado do tratamento em casais que se submetem ao procedimento de fertilização in vitro.