A influência de critérios arbitrários e socialmente relevantes no comportamento generoso
Viés de Grupo, paradigma dos grupos mínimos, generosidade, comportamento pró-social, marcadores de grupo.
Esse estudo compara a intensidade com que marcadores de grupo, tanto arbitrários quanto socialmente relevantes, modulam o comportamento generoso. O experimento usou uma variação do jogo de bens públicos de rodada única no qual os participantes poderiam doar de zero a cinco chocolates para um dos quatro grupos disponíveis, sem expectativa de retorno da doação. Houve duas condições experimentais, a arbitrária, na qual os participantes eram aleatoriamente alocados a um dos quatro grupos, cada grupo identificado por uma letra (B, H, O e Y), e a socialmente relevante, na qual a religião foi usada como identificador do grupo (Católicos, Evangélicos, Outras Religiões e Ateus). Juntamente com a atividade prática (doação de chocolate), os participantes responderam a uma série de questionários (sociodemográfico, sociabilidade, identificação de grupo, prática religiosa e fundações morais). As doações para o próprio grupo foram preditas pela identificação de grupo, enquanto as doações para grupos externos foram preditas pela pontuação em testes de justiça/reciprocidade. A razão de doações para o próprio grupo e para grupos externos foi semelhante em ambas as condições, desconsiderando a quantidade de chocolates doados; pouco mais de 60% dos sujeitos dirigiu a doação ao seu próprio grupo. Porém, a quantidade de chocolates depositados em cada doação foi maior na condição socialmente relevante. Os padrões de comportamentos pró-sociais voltados ao próprio grupo parecem assemelhar-se nas diferentes condições, entretanto a intensidade da generosidade parece sofre influência da relevância social do grupo em questão.