Banca de DEFESA: MANARA BEZERRA BARBOSA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MANARA BEZERRA BARBOSA COSTA
DATA: 25/04/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aula da Pós-Graduação em Psicobiologia
TÍTULO:

PARTICIPAÇÃO DA NEUROTRANSMISSÃO DOPAMINÉRGICA NO EFEITO HIPERLOCOMOTOR DO NEUROPEPTÍDEO S


PALAVRAS-CHAVES:

Neuropeptídeo S; atividade locomotora; dopamina; camundongo.


PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Neuropeptídeo S (NPS) é um peptídeo endógeno formado por 20 aminoácidos e é o ligante de um receptor acoplado à proteína G chamado NPSR, o qual está envolvido na modulação de várias funções biológicas centrais como locomoção, ansiedade, nocicepção, ingestão de alimento e comportamentos motivacionais. Já é conhecido que o efeito hiperlocomotor do NPS é mediado pelos receptores NPSR e parece depender da ativação do sistema adenosinérgico, dopaminérgico e do sistema peptidérgico do CRF. Considerando o pouco conhecimento acerca do envolvimento do sistema dopaminérgico na mediação do aumento da atividade locomotora induzido pelo NPS, o presente estudo objetiva investigar as ações motoras da administração intracerebroventricular (icv) de NPS em camundongos pré-tratados com α-metil-p-tirosina (AMPT, inibidor da enzima de síntese de dopamina), reserpina (inibidor do armazenamento da dopamina em vesículas) ou sulpiride (inibidor de receptores D2 de dopamina), em animais submetidos ao teste de atividade locomotora no campo aberto. Camundongos Swiss machos (30-35 g) foram submetidos à cirurgia estereotáxica para a implantação de uma cânula-guia no ventrículo lateral. No 3º dia após a cirurgia, os animais foram pré-tratados com AMPT (250 mg/kg, ip, 24 h antes do teste), reserpina (2 mg/kg, SC, 24h) ou sulpiride (25 mg/kg, ip, 45 min) e depois foram tratados com NPS (1 nmol, 2 μl; icv, 5 min) e submetidos ao teste do campo aberto. Para fins de comparação, um grupo distinto de animais recebeu os mesmos pré-tratamentos acima descritos (AMPT, reserpina ou sulpiride) e o efeito hiperlocomotor do metilfenidato (5 mg/kg, sc, 15 min; inibidor da recaptação de dopamina) foi investigado no campo aberto. O teste do campo aberto avalia a locomoção espontânea dos animais através da distância percorrida (m) e do tempo de imobilidade (m) durante 60 min. O NPS aumentou a atividade locomotora dos animais na dose de 1 nmol. O AMPT per se não causou alteração na locomoção dos animais. Por outro lado, o AMPT reduziu parcialmente o efeito hiperlocomotor do metilfenidato, mas não foi capaz de afetar a ação hiperlocomotora do NPS. Tanto o pré-tratamento com reserpina como o com sulpiride foram capazes de inibir o efeito estimulatório do NPS, assim como o do metilfenidato. Estes achados mostram que o efeito hiperlocomotor do metilfenidato, mas não do NPS, foi afetado pela administração de AMPT. Além disso, tanto o efeito do metilfenidato quanto o do NPS foram prejudicados pelos pré-tratamentos com reserpina e sulpiride. Em conjunto, sugere-se que o NPS pode promover estímulo excitatório mesmo quando a síntese de catecolaminas foi prejudicada. Ainda conclui-se que o efeito hiperlocomotor do NPS e do metilfenidato depende dos estoques vesiculares de monoaminas, em particular dopamina, e da ativação do receptor dopaminérgico D2. O efeito psicoestimulante do NPS por meio da ativação do sistema dopaminérgico pode apresentar importância clínica no tratamento de doenças que envolvem a via dopaminérgica, como o Mal de Parkinson e a dependência química.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1645202 - ELAINE CRISTINA GAVIOLI
Externo ao Programa - 3550124 - JUDNEY CLEY CAVALCANTE
Externo à Instituição - MARCELO DUZZIONI - UFAL
Notícia cadastrada em: 02/04/2014 15:11
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