Banca de DEFESA: AVELINO ALDO DE LIMA NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AVELINO ALDO DE LIMA NETO
DATA: 30/11/2011
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITÓRIO C - CCHLA - UFRN
TÍTULO:

PRAZER COM RAZÃO: ANÁLISE E CRÍTICA DA ÉTICA SEXUAL KANTIANA


PALAVRAS-CHAVES:

Sexualidade. Dever. Humanidade. Degradação. Autonomia.


PÁGINAS: 182
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO:

A presente dissertação objetiva apresentar os fundamentos da ética kantiana no que concerne ao juízo moral acerca das práticas sexuais. Mostra que o ato sexual, para o filósofo, inevitavelmente degrada os indivíduos que nele tomam parte, dada a sua natureza objetificadora, manifesta no uso dos indivíduos como meros meios para a obtenção de prazer. Para solucionar tal aporia da natureza – posto que humanidade é um fim em si mesmo, em virtude de ser portadora de racionalidade, não podendo, por isso, ser tratada como mero meio – Kant afirma ser o matrimônio o lócus moral adequado para o exercício da sexualidade, dada a reciprocidade aí forjada, impedindo a degradação.  No casamento, o vínculo estabelecido entre o impulso da natureza para a conservação da espécie – concretizado por meio do intercurso sexual aberto à procriação – e o dever do homem para consigo mesmo enquanto ser animal – preservar a espécie sem degradar a pessoa – é cumprido de modo plenamente moral. Este texto clarifica que a justificativa para a assunção desta solução se fixa em dois desdobramentos do imperativo categórico: as fórmulas da humanidade e da lei da natureza. A despeito do fato da primeira trazer contribuições significativas para as relações humanas graças ao conceito de reciprocidade, a segunda estabelece um papel normativo para o argumento teleológico da sexualidade, tornando-se um entrave na filosofia prática kantiana. Para ultrapassar tal obstáculo, esboçamos uma crítica que recorre aos estudos de Michel Foucault acerca do sexo e das técnicas de poder a ele relacionadas, produtores de uma scientia sexualis no Ocidente, mostrando que a moral do filósofo de Königsberg também se inscreve, de alguma forma, neste projeto. Por fim, numa leitura foucaultiana da Aufklärung kantiana, reconhecemos que, para propor novas possibilidades éticas da vivência da sexualidade, urge pensar e criar novos espaços relacionais nos quais o sujeito assuma, autonomamente, o governo de si.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423522 - ALIPIO DE SOUSA FILHO
Presidente - 1149644 - CINARA MARIA LEITE NAHRA
Externo à Instituição - MARCONI JOSÉ PIMENTEL PEQUENO - UFPB
Notícia cadastrada em: 08/11/2011 10:45
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