Banca de DEFESA: JESSICA BARROS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JESSICA BARROS SILVA
DATA : 27/03/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Auditorio C - CCHLA
TÍTULO:

A tese de Schopenhauer acerca da vontade como essência humana e seus desdobramentos práticos e morais


PALAVRAS-CHAVES:

Schopenhauer; Vontade; Essência humana; Autoconsciência; Moral.



PÁGINAS: 90
RESUMO:

Para o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860), a essência de tudo o que existe na natureza é vontade. O homem é uma das diversas aparências que a vontade assume quando aparece em seu espelho: o mundo como representação. Este trabalho realiza um recorte na visão schopenhaueriana do mundo como vontade, elegendo como objeto de estudo as peculiaridades assumidas pela vontade ao objetivar-se enquanto essência humana e abordando os desdobramentos práticos e morais que podem ser encontrados na filosofia de Schopenhauer para sua compreensão de essência humana. Assim, este trabalho começa pela explanação da tese fundamental de Schopenhauer de que a vontade constitui a essência metafísica e o núcleo do homem, a partir da análise de sua primazia sobre o intelecto na autoconsciência. Os desdobramentos práticos apontados para o estabelecimento da vontade enquanto essência humana são localizados no modo como a vontade determina o modo de vida do indivíduo. A depender de suas inclinações preponderantes, ele levará uma vida devotada à busca de um certo de tipo de prazeres, os quais podem ser da ordem das sensações, da ordem da vaidade, do puro conhecer, do comprazimento estético, do engajar-se em atividades criativas etc. O âmbito da moral se abre na filosofia schopenhaueriana a partir da análise da natureza da motivação por trás das ações – ou “atos de vontade”. Schopenhauer estabelece três motivações básicas para o agir: o egoísmo, a maldade e a compaixão. Cada uma delas está associada a um grau de veemência específico da vontade, o qual, por sua vez, determina o quão atado ao princípio de individuação – princípio que reúne as formas a priori do espaço e do tempo na apreensão das múltiplas aparências da vontade – é o modo como funciona o conhecimento deste sujeito. Para Schopenhauer a conduta moral só é possível quando o princípio de individuação não domina o modo de conhecer do sujeito permitindo-lhe reconhecer que a sua essência é idêntica à do outro.  É desse reconhecimento que nasce a justiça, a bondade e a compaixão. Dessa forma, nosso trabalho se conclui na realização de uma tentativa de explanação acerca do modo intrincado como Schopenhauer atrela sua análise da motivação das ações de um indivíduo à análise de quão profundamente esse sujeito reconhece sua ligação essencial com os demais seres da natureza, uma vez que tudo o que há é manifestação da mesma vontade.   


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1493057 - DAX FONSECA MORAES PAES NASCIMENTO
Externo à Instituição - EDUARDO RIBEIRO DA FONSECA - PUCPR
Externo à Instituição - JOSÉ THOMAZ ALMEIDA BRUM DUARTE - PUC - RJ
Notícia cadastrada em: 17/02/2020 18:14
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