Banca de QUALIFICAÇÃO: JESSICA BARROS SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JESSICA BARROS SILVA
DATA : 22/11/2019
HORA: 09:30
LOCAL: Auditório C - CCHLA
TÍTULO:

A metafísica schopenhaueriana do autoconhecimento e suas implicações ética

PALAVRAS-CHAVES:

Schopenhauer – autoconhecimento – autoconsciência – ética – principium individuationis

PÁGINAS: 69
RESUMO:

Este trabalho investiga a obra de Arthur Schopenhauer (1788 – 1860) a fim de descobrir o que este filósofo germânico tinha a dizer acerca da imortal questão do conhecer a si mesmo, ou, do autoconhecimento. Propomos-nos aqui responder a duas questões fundamentais: o que significa conhecer a si mesmo para Schopenhauer? Quais são as implicações éticas do autoconhecimento apontadas por Schopenhauer? No capítulo 2 desta dissertação respondemos à primeira pergunta: Conhecer a si mesmo, na visão de Arthur Schopenhauer, significa conhecer-se enquanto vontade. Esta é a conclusão a que o filósofo chega após analisar o conteúdo da autoconsciência e verificar que a natureza deste é invariavelmente volitiva. Para Schopenhauer a vontade detém a primazia sobre o intelecto na autoconsciência, este último não passa de um instrumento a serviço da vontade, a essência metafísica originária do ser humano. No capítulo 3, nos ocupamos da acepção de vontade enquanto caráter individual – abordado segundo as noções de caráter inteligível, empírico e adquirido – e exploraremos o que pode ser alcançado através da afirmação lúcida e deliberada da própria vontade individual, a saber: a sabedoria de vida. Por fim, vemos as implicações éticas do autoconhecimento considerando-o a partir de seu grau de subordinação ao principium individuationis. Tal princípio compreende a união das formas espaço e tempo segundo as quais o intelecto conhece os fenômenos particulares e faz com que exista a ilusão de individualidade e separatividade nos sujeitos. No entanto, há um modo de conhecimento para além do principium individuationis que ao invés de perceber as diferenças aparentes entre os seres da natureza, vê a sua essência metafísica em comum: todos são essencialmente manifestações da mesma Vontade. É deste conhecimento superior que nasce toda a conduta moral que visa o bem alheio e não o próprio interesse pessoal, bem como o sentimento de compaixão que é a base da ética schopenhaueriana.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1493057 - DAX FONSECA MORAES PAES NASCIMENTO
Interno - 1149565 - MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
Externo à Instituição - EDUARDO RIBEIRO DA FONSECA - PUCPR