O absurdo na existência: uma análise da condição humana na filosofia de Schopenhauer
Schopenhauer; Vontade; Causalidade; Ausência de finalidade; Existência; Absurdo.
Procurando situar a filosofia de Arthur Schopenhauer (1788 – 1860) a partir da hegemonia da Vontade, esta pesquisa tem por objetivo apresentar de que maneira a existência humana pode ser considerada como absurda, porque pautada em um querer viver sem finalidade ou razão. A compreensão de uma existência absurda advém de uma interpretação feita por Clément Rosset (1939 – 2018) acerca da filosofia schopenhaueriana, segundo a qual o autor expõe que o querer, manifestação fenomênica da Vontade, é o centro para o qual convergem todas as incongruências existenciais. No entanto, para além da soberania da Vontade, também devemos expor algumas questões relativas à representação, já que é no contexto do mundo fenomênico, da natureza, que o espanto perante o absurdo da existência pode se tornar consciente para os seres humanos. Para tal fim, utilizamos, principalmente, O mundo como vontade e como representação (3ª ed. 1859), de Schopenhauer, e Schopenhauer, philosophe l’absurde (2ª ed. 1994), de Rosset.