Banca de DEFESA: SÉRGIO VIEIRA PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SÉRGIO VIEIRA PEREIRA
DATA: 08/12/2015
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO D-CCHLA
TÍTULO:

Merleau-Ponty: uma ontologia do visível.


PALAVRAS-CHAVES:

Sobrevoo cartesiano. Enigma da visão. Ontologia do Visível. Carnalidade da imagem.


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

O presente trabalho discute a profundidade e opacidade do mundo percebido no pensamento de Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) em contraposição à transparência do mundo geométrico pensado por René Descartes (1596-1650). Num primeiro momento é abordado o discurso cartesiano desenvolvido na Dióptricade Descartes,o primeiro de uma série de três discursos científicos publicados em 1637, sendo introduzidos pelo famoso Discurso do Método. Neste sentido,esta pesquisa discorre sobre a explicação mecanicista que o filósofo moderno apresenta acerca da visão, um processo que abrange a formação das imagens na retina e sua comunicação ao cérebro, bem como a posterior leitura realizada por uma mente imaterial. Discute-se a noção de imagem enquanto resultado da interpretação do espírito, pois, para Descartes, não é o olho que vê, mas sim o espírito que lê e decodifica os sinais que o corpo recebe do mundo. Noutro momento, reflete-se sobre a crítica do filósofo Maurice Merleau-Ponty ao pensamento de sobrevoo presente na Dióptrica de Descartes. Para tanto, toma-se como principal referência a terceira parte da obra O Olho e o Espírito (1961), na qual a abordagem intelectualista da visão é considerada como uma tentativa fracassada de se afastar do visível para reconstruí-lo a partir de lugar nenhum. Neste sentido, reflete-se sobre uma nova ontologia proposta por Merleau-Ponty que pensa o ser sem se afastar dos enigmas do corpo e de visão. Enigmas que manifestam uma promiscuidade entre o vidente e o visível, entre o senciente e o sensível. Desse modo, o presente trabalho discorre sobre o modo como a visibilidade foi tratada pelo filósofo contemporâneo, não como algo a ser julgado pelo espírito para obter uma real natureza das coisas, mas como uma manifestação das coisas mesmas. Por fim, esta pesquisa explora a ontologia do visível no pensamento merleaupontiano, uma ontologia que não reconstrói nem se apropria do visível por um pensamento de sobrevoo, mas que se faz a partir da própria visibilidade enquanto relação originária e incessante com a profundidade do mundo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1718581 - EDUARDO ANIBAL PELLEJERO
Interno - 1784950 - SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA
Externo à Instituição - WANDERLEY C. DE OLIVEIRA - UFSJ
Notícia cadastrada em: 27/10/2015 14:25
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