Banca de DEFESA: FRANSELMA FERNANDES DE FIGUEIREDO - (Retificação)

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: FRANSELMA FERNANDES DE FIGUEIREDO

DATA: 02/07/2010

HORA: 14:30

LOCAL: AUDITORIO NEPSA

TÍTULO:

Aquelas leituras formadoras de culturas (Caicó-RN, século XIX)


PALAVRAS-CHAVES:

Caicó-Rio Grande do Norte. Século XIX. História da leitura. Práticas de leituras


PÁGINAS: 206

GRANDE ÁREA: Ciências Humanas

ÁREA: Educação

RESUMO:

A leitura feita do livro Seridó − século XIX (fazendas & livros), dos historiadores
Medeiros Filho e Faria, foi o que sugeriu a escrita desta tese de doutorado. A leitura intensiva
desse livro conduziu ao corpus documental da investigação (livros escolares, religiosos e
laicos, crônica, discursos, documentos eclesiásticos, inventários, testamentos, memórias de
infância, matérias jornalísticas, relatórios), e também ao corpus do referencial teóricometodológico
da história cultural da leitura, em correspondência com Roger Chartier e Robert
Darnton. No rigor da escrita da tese, a investigação concernente à temática leitura e absorções
culturais conduziu-nos a definir como objeto de estudo as práticas culturais apropriadas
pertinentemente das leituras feitas, ouvidas, murmuradas, muitas vezes repetidas e
memorizadas, de livros impressos escolares, religiosos e laicos que circulavam em Caicó, nos
oitocentos. Em vista da leitura intensiva e da extensiva, o objetivo é analisar, por um lado,
indícios de absorções ou apropriações culturais dos ensinamentos daquelas práticas de leitura
e, por outro, os entrelaces dos ensinamentos relativos à oralidade, à leitura, à escrita e à
escolarização. A tese defendida é que a história da leitura em Caicó, no século XIX, é a
história da leitura feita, ouvida, murmurada, repetida e, ainda, memorizada, que, apoiada
sobre textos de livros escolares, religiosos e laicos, convertia-se na produção de bens culturais
específicos, como cartas, inventários, remédios homeopáticos e caseiros, testamentos, rezas
fortes de cura, versos de cordel, dentre muitos outros. Começando com o propósito de
escrever uma história da leitura em Caicó, no século XIX, alcançamos o entendimento de que
as práticas culturais, especialmente as práticas dos costumes seridoenses, são, sobremaneira,
resultado das apropriações de leituras de textos escolares, religiosos e laicos, incentivadoras
de outras práticas de leituras intensivas e extensivas. Se a leitura feita, ouvida, repetida,
memorizada e reconhecida é encadeadora de práticas de costumes universais e locais, não
obstante teria sido a força da oralidade a pedra de toque da reprodução e da longevidade dessa
leitura, bem como de sua travessia do século XIX para o XX e, ainda, dos resquícios de certas
permanências neste século XXI. Em parte, essa rede de práticas culturais, reproduzida pela
força da transmissão oral, persiste desde os tempos de nossos trisavôs.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 347267 - MARTA MARIA DE ARAUJO
Interno - 350833 - MARLY AMARILHA
Externo à Instituição - CESAR AUGUSTO CASTRO - UFMA
Externo à Instituição - YOLANDA LIMA LOBO - UNIRIO
Notícia cadastrada em: 01/02/2011 16:19
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