FORMAÇÃO CONTINUADA COM PROFESSORES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NO CONTEXTO DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
: Formação Continuada. Atendimento Educacional Especializado. Práticas Pedagógicas Inclusivas. Deficiência Intelectual.
A formação dos educadores que atuam no Atendimento Educacional Especializado - AEE é considerada como elemento indispensável para o sucesso da política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva proposta nos documentos e leis brasileiras. Defendemos que tais profissionais necessitam de uma formação consistente, específica e contínua para atuar com as inúmeras especificidades que sua profissão exige, de modo que este consiga promover o desenvolvimento das habilidades e competências dos seus alunos. Partindo desse pressuposto, defendemos a seguinte tese: a participação em encontros formativos pode instaurar processos de estudos colaborativos e de aprendizagens no cotidiano escolar na possibilidade do favorecimento da inclusão dos educandos com Deficiência Intelectual. Nessa proposição, este estudo pauta-se na oferta de uma formação continuada realizada com educadores que atuam no AEE, ofertado no interior do Estado do Rio Grande do Norte - RN, buscando auxiliá-los na construção de práticas inovadoras cada vez mais inclusivas. Sendo assim, definimos como objetivo geral: analisar as contribuições da formação continuada realizadas com educadores que atuam no AEE, para o favorecimento de práticas pedagógicas inclusivas junto ao educando com Deficiência Intelectual. No percurso metodológico, trabalhamos com aspectos qualitativos, descritivos e analíticos, sustentados em uma pesquisa de cunho colaborativa, efetivada a partir da realização de encontros formativos no formato online, totalizando 80 horas de estudo, dividido em 10 módulos com atividades teórica/práticas síncronas e assíncronas, cujas temáticas foram selecionadas e organizadas em colaboração com o Grupo de Estudo Aprendendo a Aprender – GEAA, composto por 22 educadores que atuam no AEE, localizado na região do Seridó do Rio Grande do Norte. Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram os questionários inicial e final, entrevista, cadernos de memória do GEAA e portfólios virtuais construídos pelos cursistas. Dito isso, a pesquisa identificou que as atividades colaborativas, como: socialização e trocas de experiências exitosas e os momentos de interação no grupo e em pequenos grupos contribuíram para a melhoria das práticas pedagógicas dos educadores, de modo que estes identificaram que a reflexão-ação-reflexão em colaboração com os pares tornou-se um diferencial no seu fazer pedagógico. Nesse sentido, entendemos ser fundamental estimularmos a instalação de percursos formativos com abordagens colaborativas, que tenha como base e espaço de reflexão, a prática pedagógica dos professores, unindo-as aos estudos com a teoria construída na área educacional. Por fim, destacamos que as atividades formativas desenvolvidas auxiliaram os cursistas a identificar suas fragilidades nos conhecimentos teóricos e práticos e, colaborativamente também perceberam que o sentimento de incompletude os direciona para a percepção de que precisam ter acesso a percursos formativos direcionados às suas necessidades e vivências