Banca de DEFESA: MARIA DE FATIMA DANTAS DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DE FATIMA DANTAS DE SOUZA
DATA : 25/06/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Realizado por videoconferência
TÍTULO:

CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE UM CMEI DE NATAL/RN EM RELAÇÃO À SEXUALIDADE DAS CRIANÇAS: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE


PALAVRAS-CHAVES:

Formação docente. Infância. Práticas Pedagógicas. Sexualidade. Educação.


PÁGINAS: 155
RESUMO:

O presente trabalho tem como objetivo analisar as concepções das/os professoras/es em relação à sexualidade infantil e seus modos de agir diante de situações que envolvem manifestações sexuais das crianças nas escolas de educação infantil. O referencial teórico utilizado foram os estudos de Freud e de Foucault acerca dos temas sexualidade infantil e sexualidade, respectivamente, além de documentos norteadores da educação, da educação infantil e de referências para um trabalho com a sexualidade no âmbito educacional. Foi realizada uma investigação que contemplou uma etapa de pesquisa bibliográfica, realizada no Portal de Periódicos CAPES, com o intuito de investigar trabalhos que discutem práticas de professores de educação infantil no tocante às manifestações da sexualidade das crianças no contexto escolar, publicados entre os anos de 2008 e 2018; e outra de levantamento empírico com catorze professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Natal/RN, sendo este último caracterizado como do tipo descritivo e de natureza qualitativa. No levantamento empírico, foram utilizadas como técnicas de pesquisa uma roda de conversa, a aplicação de questionários e a realização de entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontam concepções das docentes em relação à sexualidade infantil majoritariamente pautadas em valores morais, religiosos e pessoais, bem como a ideia preconcebida de que crianças não devem apresentar manifestações sexuais. Quando as docentes se deparam com tais manifestações, tendem, em sua maioria, a recorrer a ameaças e punições, tratando a questão fortemente no âmbito individual, sem, portanto, incluir toda a turma no debate. Além disso, a relação entre escola e família para a abordagem desse tema é quase inexistente, sendo o âmbito familiar encarado como último recurso para situações que a escola não consegue resolver. Houve consenso acerca das lacunas formativas existentes para a realização de um trabalho pedagógico com a sexualidade das crianças e acerca da ausência de discussões sobre tal temática na própria instituição. Esse último dado aponta para a necessidade de repensar os currículos dos cursos de formação inicial e as ofertas de formação continuada, colocando em evidência este objeto de estudo relativamente pouco visibilizado no meio educacional. As conclusões apontam que o trabalho pedagógico com a sexualidade das crianças no âmbito escolar torna-se ainda mais relevante diante do contexto atual que estamos vivendo no Brasil, em que testemunhamos graves retrocessos políticos no que tange à implementação de uma educação não sexista e que respeite a diversidade em todas as suas formas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2621064 - CYNARA TEIXEIRA RIBEIRO
Interna - 3465197 - ELDA SILVA DO NASCIMENTO MELO
Externa ao Programa - 1717416 - JACYENE MELO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - JULIO RIBEIRO SOARES - UERN
Externa à Instituição - ZAETH AGUIAR DO NASCIMENTO - UFPB
Notícia cadastrada em: 15/06/2020 15:24
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