Banca de DEFESA: KATYUSCIA MARIA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KATYUSCIA MARIA DA SILVA
DATA : 31/10/2019
HORA: 19:00
LOCAL: Auditório do Bloco de Aulas do Centro de Educação - UFRN
TÍTULO:

A AUDIODESCRIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM EXERCÍCIO DE PRÁTICA DOCENTE COM IMAGENS ACESSÍVEIS

PALAVRAS-CHAVES:

Audiodescrição. Tecnologia assistiva. Deficiência visual. Formação de professores. Atendimento Educacional Especializado.

PÁGINAS: 290
RESUMO:

A escola que pretende ser inclusiva tem como um de seus grandes desafios respeitar as diferenças de seus alunos, o que pressupõe a eliminação dos interditos socialmente construídos. Nesse cenário, a audiodescrição emerge como uma tecnologia assistiva, voltada para a garantia de acesso às imagens por alunos com deficiência visual. Assim, o objeto de estudo está no âmbito da audiodescrição na formação de professores, tendo como objetivo, investigar os efeitos de uma formação em audiodescrição nas práticas docentes para o desenvolvimento de atividades pedagógicas que possibilitem aos alunos com deficiência visual o acesso às imagens. Considerando a interface entre o Atendimento Educacional Especializado e a prática docente em sala de aula comum, toma como referência uma abordagem multissensorial e colaborativa da audiodescrição (ALVES, 2012; MOTTA, 2016), envolvendo todos os alunos. Metodologicamente, este estudo tem sua base nos pressupostos da pesquisa qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1994; FREITAS, 2002), consistindo em uma pesquisa intervenção (JOBIM E SOUZA, 2011) pautada nos pressupostos bakhtinianos. O campo de investigação é uma escola da rede municipal de ensino do Natal/RN e os interlocutores são 29 professores(as) e 04 estagiários(as) que atuavam no turno da manhã. A pesquisa envolveu três etapas: 1. as oficinas pedagógicas; 2. a observação da prática docente; e 3. planejamento e mediação docente. Em função dos limites e do escopo assumido neste trabalho, parte de um universo maior de professores participando das oficinas pedagógicas de formação em audiodescrição, mas, para a viabilidade do estudo, verticaliza para a observação e análise da prática de uma única professora que lecionava Língua Portuguesa. Para a construção dos dados, inspirados nas entrevistas coletivas (KRAMER, 2003), realiza rodas de conversas com os interlocutores e entrevistas individuais com a professora de Língua Portuguesa. Ademais, utiliza o procedimento de observação da prática dessa professora, com registros no diário de campo, e um questionário de caracterização dos professores. Todas as etapas têm registro por meio de gravação em áudio, vídeo-gravação e fotografias. Como resultados, constata que a formação em audiodescrição provocou efeitos na percepção e práticas dos professores e, em específico, da professora de Língua Portuguesa. Nesse sentido, ela passou a contemplar a audiodescrição em sua prática, abordada sob a ótica de um uso multissensorial e colaborativo, evidenciando a concepção de que os alunos com deficiência visual, em sua subjetividade, aprendem com todo o corpo e, nesse processo, também os alunos que não têm deficiência visual podem ser beneficiados. A pesquisa também revelou dificuldades e desafios subjacentes à prática docente na esfera escolar, indicando que, a formação por si só não é suficiente para o agenciamento da audiodescrição pelos professores, sendo preciso assegurar, ainda, condições de realização do trabalho docente, construindo espaços de planejamento e reflexão sobre a prática, a fim de efetivar a articulação entre os professores do Atendimento Educacional Especializado e da sala de aula comum, tendo em vista que no processo formativo, sendo a escola um espaço de formação, “a gente vai aprendendo com o outro”.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDUARDO GOMES ONOFRE - UEPB
Interna - 2313711 - FLAVIA ROLDAN VIANA
Interna - 3144003 - GESSICA FABIELY FONSECA
Presidente - 1149574 - JEFFERSON FERNANDES ALVES
Externa à Instituição - MARIA DO SOCORRO MAIA FERNANDES BARBOSA - UERN