Banca de DEFESA: EDILEIDE RIBEIRO PIMENTEL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDILEIDE RIBEIRO PIMENTEL
DATA : 29/08/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório 02 do PPGEd - NEPSA II - UFRN
TÍTULO:

EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPO E CURRÍCULO: que atividades são oportunizadas às crianças?


PALAVRAS-CHAVES:

Educação Infantil do campo; currículo; atividades pedagógicas.


PÁGINAS: 99
RESUMO:

O presente trabalho objetivou analisar, no contexto da Educação Infantil do Campo, o currículo vivido por meio de atividades oportunizadas às crianças, buscando responder à questão: no contexto do campo, que atividades são oportunizadas às crianças da Educação Infantil no dia a dia e que constituem currículo? A pesquisa partiu do reconhecimento que a Educação Infantil do Campo precisa organizar-se respeitando os sujeitos em seus contextos e especificidades. Nessa perspectiva, as “filhas de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta” tal como definidas as crianças “do campo” nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (BRASIL, 2010) precisam ter propostas de trabalho pedagógico que respeitem seus modos próprios de vida, tenham vinculação com sua realidade, valorizem e evidenciem sabres próprios dessa população e propiciem oferta de materiais, equipamentos e atividades que respeitem as características locais, ao mesmo tempo em que as articula a práticas culturais de outros contextos, ampliando as possibilidades de desenvolvimento integral das crianças, função da etapa, enquanto parte integrante inicial da Educação Básica, de garantir às crianças oportunidades de vivenciarem seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se, definidos na BNCC (BRASIL, 2017). Como aportes metodológicos, o estudo foi desenvolvido segundo princípios da investigação qualitativa e proposições da abordagem histórico￾cultural de L. S. Vigotski e do dialogismo de M. Bakhtin para a pesquisa sobre processos humanos e sociais, a partir dos quais compreendemos que a investigação tem centralidade nas relações de interação e de produção de significações pelos sujeitos envolvidos – pesquisador e pesquisados –que implicam práticas de descrição e interpretação e que envolvem dimensões de ética e responsabilidade na construção de respostas a questões. Como procedimentos, foram desenvolvidas observações de tipo semiparticipativo com registro em diário de campo, entrevistas semiestruturadas e análise de documentos. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola de zona rural de um município do Rio Grande do Norte, não muito distante da capital, em uma turma multi-idade com 18 crianças de três a cinco anos e duas professoras – titular e auxiliar. A imersão no lócus por trinta sessões durante quatro meses propiciou a construção de dados, cuja análise possibilitou constatar que, no dia a dia, são oportunizadas às crianças, pelas professoras, um conjunto fixo e repetido de situações￾atividades que caracterizamos como: a) atividades mais livres, com possibilidades relativas de interações, brincadeiras, participação, exploração e expressão em tempos, espaços e materiaisdiferentes (sala, parque, quadra, brinquedos próprios e da escola, modelagem com massa, livrosliterários); b) atividades controladas pelas professoras, com restritas possibilidades de interação, brincadeira, exploração, participação e expressão das crianças: tempos de espera entre atividades fixas, não diferenciadas para as crianças de idades diferentes, rodas de conversa e cantigas, tarefas “de mesa, em papel”, lanches, momentos de higiene, com letras e pouco desenho. Além disso, essas atividades, principalmente as controladas intencional e sistematicamente pelas professoras, não refletem as especificidades do contexto de vida das crianças e nem delas próprias enquanto sujeitos singulares, bem como não envolvem possibilidades mais ricas de desenvolvimento das potencialidades infantis do campo. Os dados apontam para necessidades de processos formativos junto às professoras e gestoras desse e de outros contextos semelhantes, dado que os profissionais que atuam junto às crianças, embora possam ter acesso a produções que referenciem a prática, como documentos curriculares oficiais, não interagem com seus conteúdos de modo direto e individual, mas, tanto quanto as crianças, precisam de mediações – sistemáticas e qualificadas para refletirem e reestruturarem suas práticas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6347805 - DENISE MARIA DE CARVALHO LOPES
Externa à Instituição - ELAINE LUCIANA SOBRAL DANTAS - UFERSA
Externa à Instituição - FERNANDA DE LOURDES ALMEIDA LEAL - UFCG
Externa ao Programa - 2453560 - MARIA CRISTINA LEANDRO DE PAIVA
Interna - 1672888 - MARIANGELA MOMO
Notícia cadastrada em: 20/08/2019 10:28
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa05-producao.info.ufrn.br.sigaa05-producao