SABERES INDÍGENAS, CULTURA DE MOVIMENTO E INTERCULTURALIDADE: CENÁRIOS NA COMUNIDADE DO CATU/RN
Saberes indígenas; Catu; Cultura de Movimento; Interculturalidade
As motivações para realização desse trabalho partem do envolvimento como voluntário do XII Jogos dos povos indígenas, realizado na Cidade de Cuiabá/MT, no ano de 2013 e no I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, realizado na Cidade de Palmas/TO, no ano de 2015. A partir dessas experiências foram aflorando curiosidades e inquietações com a temática indígena. Assim, foi criando forma este trabalho. O mesmo teve como objetivo geral, analisar a cultura de movimento escolar e os saberes indígenas na comunidade do Catu/RN. A pesquisa se caracteriza como um estudo etnográfico, referenciada nas teorizações de Geertz (2008). Os resultados dessa pesquisa nos mostram uma comunidade aberta a saberes intercultural dentro e fora da escola indígena. Outros achados importantes foram: à identificação da primeira instituição indígena regulamentada pelo Ministério da Educação no Rio Grande do Norte, apresentando uma Educação diferenciada e de tempo integral; identificamos brincadeiras, danças, jogos indígenas; espaços e equipamentos na comunidade que fomentam a realização de diversas práticas corporais, entre outras. Portanto, existem na comunidade do Catu saberes, vivências e práticas culturais tradicionais que resistem e são ressignificadas pelos povos potiguaras desse lugar, como também, outras práticas consubstanciam o dia-a-dia dessa população, formando parte da cultura de movimento dos indígenas do Catu. Perceber esses saberes e práticas como pilares da comunidade é assumir a co-responsabilidade diante do desafio de construir novos caminhos para a Educação Indígena Potiguar.