Banca de DEFESA: ANNA GABRIELLA DE SOUZA CORDEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANNA GABRIELLA DE SOUZA CORDEIRO
DATA : 15/02/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Multimeios 01
TÍTULO:

A ATUAÇÃO DO ESTADO NA CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO DA CULTURA ESCOLAR POTIGUAR DURANTE A PRIMEIRA REPÚBLICA


PALAVRAS-CHAVES:

Imaginário da cultura escolar. Estado-Providência. Rio Grande do Norte.
Primeira República.


PÁGINAS: 269
RESUMO:

No ano de 1889, foi proclamada a República no Brasil, com a alteração do sistema de governo, buscou-se concretizar uma transformação física e social no país. Neste momento, as cidades tornaram-se alvos de intervenções, para poderem representar o progresso da nação. O mesmo aconteceu com a sociedade, por meio da intensificação de políticas públicas voltadas para a instrução, o Estado se propôs a civilizar a população. Esta
conjuntura é característica do Estado-Providência que se refere a um vasto contexto cultural e político que aliava a ação do Estado a um projeto de desenvolvimento nacional, fortemente influenciado pelos ideais positivistas, conforme o pensamento de Alfredo Bosi. Tendo em vista o papel da administração pública neste momento histórico, esta Tese levanta a hipótese de que o Estado atuou decisivamente na construção do imaginário da cultura escolar potiguar durante a Primeira República. Para tanto, esta pesquisa foi operacionalizada com base no paradigma da nova história cultural e está inserida no campo da história da educação. Ao trabalhar com este paradigma, neste campo, não se procurou a anulação de um pelo outro, ou, a simplificação destas abordagens, mas,a interação criativa entre ambos. Visto que o imaginário remete à nova história cultural e a cultura escolar à história da educação. Assim sendo, esta união se apresentou como uma profícua possibilidade de trabalhar vários aspectos da história da educação, expandindo a reflexão e a análise sobre o tema a partir do fazer histórico da nova história cultural. Na perspectiva analítica, o objeto de estudo imaginário da cultura escolar foi concebido como o todo, que pode ser analisado a partir de suas partes, as fontes históricas. Considerando que cada fonte histórica detém em seu conteúdo uma parcela do imaginário da cultura escolar da época. Com embasamento nesta premissa, este estudo não se pretende reducionista, por abordar apenas as características das partes, nem tão pouco simplificador, que negligencia as partes em função da compreensão do todo. Interessa aqui a leitura do movimento circular que vai do todo para as partes e das partes para o todo com o objetivo de melhor compreender o fenômeno. No que tange a delimitação do objeto de estudo, foi definido que o recorte espacial se refere ao estado do Rio Grande do Norte e o recorte temporal compreende os anos de 1889 a 1930. Diante do exposto, as partes selecionadas, ou melhor, as fontes históricas, foram: a legislação educacional, com base no conceito de Lei de Edward Thompson; as mensagens de governo, enquanto produção das Elites Culturais de Jean￾François Sirinelli; o jornal A República e suas representações, de acordo com Roger Chartier; e as fotografias, partindo da concepção de imagem-objeto de Jerôme Baschet. Conclui-se que todas as fontes analisadas detém uma parcela do imaginário da cultura escolar. Juntas, estas fontes históricas forneceram um panorama imagético do período e denotaram que o Estado atuou de maneira deliberada e intencional na construção do imaginário da cultura escolar, sendo responsável pela regulamentação, pela discursão, pela circulação e pela construção das imagens da educação republicana no Rio Grande do Norte.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2310142 - AZEMAR DOS SANTOS SOARES JUNIOR
Externa à Instituição - FRANCINAIDE DE LIMA SILVA NASCIMENTO - IFRN
Externo à Instituição - JOSE MATEUS DO NASCIMENTO - IFRN
Presidente - 1149455 - MARIA INES SUCUPIRA STAMATTO
Interna - 2527711 - OLIVIA MORAIS DE MEDEIROS NETA
Notícia cadastrada em: 13/02/2019 15:41
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