Banca de DEFESA: JOAO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOAO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO
DATA : 27/07/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Multimeios I
TÍTULO:

PEDAGOGIA DOS CORPOS: GÊNERO E SEXUALIDADE EM DOIS CMEIS DA CIDADE DO NATAL - RN


PALAVRAS-CHAVES:

Práticas Curriculares. Gênero e Sexualidade. Educação Infantil.


PÁGINAS: 131
RESUMO:

Esta investigação foi realizada em dois Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) da rede pública de Natal - RN. A partir da contribuição de produções do campo pós-estruturalista em educação e realizando mestiçagens entre estudos de gênero, estudos culturais e estudos foucaultianos, buscou-se discutir práticas curriculares envolvidas em questões de gênero e sexualidade em turmas de crianças de 5 anos de idade. A partir disso, destaca-se como problemática de pesquisa o modo como as práticas curriculares produzidas pelxs professorxs funcionam sob a inteligibilidade de uma matriz cultural que sustenta a “verdade” de uma dita continuidade natural entre sexo e gênero, coibindo possíveis atravessamentos que perturbem essa ordenação. Servindo-se metodologicamente de procedimentos de inspiração etnográfica, tais como observação e entrevistas semiestruturadas, este estudo adentrou os momentos da rotina em sala de aula, os gestos, os movimentos, os usos de instrumentos, as ordenações, as falas e os silêncios dxs professorxs nas suas práticas cotidianas que se destinavam ao âmbito do gênero e da sexualidade das crianças. Nessa aproximação empírica, tais operações didáticas passaram a ser vistas com certas lentes conceituais, como: cultura (VEIGA-NETO, 2003; PÉREZ GOMEZ, 1993; HALL, 1997), relações de poder (FOUCAULT, 1984, 1989, 2014), currículo (SILVA, 2010), gênero (SCOTT, 1995; LOURO, 1997, 2008, 2015) e performatividade de gênero (BUTLER, 2003), além de outros conceitos coadjuvantes também emprestados da perspectiva pós-estruturalista que foram as ferramentas para estabelecer os nexos de funcionamento de uma pedagogia dos corpos atuando pela via de práticas curriculares supostamente produtoras de normalidades de gênero e sexualidade. Dessa forma, foi possível reunir indícios amplos de convergências diversas do campo cultural, social e político que atravessam a órbita curricular e a ótica docente, incidindo nas relações pedagógicas em que se enredam professorxs e crianças. Ao aprofundar o estudo de como se engendra esse processo, a pesquisa se deparou com práticas condutivas por onde circulam relações assimétricas de poder na forma de uma ação sobre ações, articulando exercícios produtivos que privilegiam formas de gênero e sexualidade na ótica binária e heteronormativa. Implicados nessa dinâmica sempre instável estão significados da cultura, dissimulados como naturais, posicionados para que cada um veja as normas sobre o próprio corpo não apenas como necessárias, mas como naturais, agindo sobre si mesmxs, submetendo-se ou resistindo aos efeitos de poder que atuam sobre seus corpos naquele contexto. Nesse sentido, é possível afirmar que as práticas curriculares dos dois CMEI estudados são atravessadas por astúcias do poder investindo detalhadamente em subjetividade normativa de gênero e sexualidades.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADELAIDE ALVES DIAS - UFPB
Externo à Instituição - ELAINE LUCIANA SOBRAL DANTAS - UFERSA
Presidente - 1755707 - KARYNE DIAS COUTINHO
Interno - 1672888 - MARIANGELA MOMO
Interno - 1324875 - VANDINER RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 26/07/2017 14:57
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