Banca de DEFESA: MARIA CLARA PEREIRA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CLARA PEREIRA SANTOS
DATA: 23/02/2016
HORA: 14:00
LOCAL: MULTIMEIOS II
TÍTULO:

A FRAGMENTAÇÃO DO CONHECIMENTO NA LDB: um olhar sobre uma educação em retalhos

PALAVRAS-CHAVES:
PÁGINAS: 175
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta dissertação, que tem como objetivo compreender a normatização da fragmentação do conhecimento na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, problematiza a história da educação em suas complexidades e relaciona o sistema de ensino formal nas escolas de educação básica brasileiras com as incoerências passíveis de serem observadas na história da educação do Brasil. Para sustentação da análise crítica, faz-se uso do método materialismo histórico dialético e da teórica crítica de Adorno e Horkheimer. Observamos, ao longo do trabalho, que as contradições fazem parte de nossa existência, contudo, existem incoerências que, independentemente de estarem relacionadas possivelmente com as contradições que se entrelaçam ao fenômeno da vida humana, são frutos de um processo de exploração e opressão de uns sobre muitos, que terminam por refletir em vários âmbitos sociais, como: no ato de educar, conseguintemente, nas escolas. Por sua vez, esses reflexos retroalimentam o processo de exploração e opressão, deixando marcas dentro dos vários momentos distintos da história. A Educação, dentro desse processo de retroalimentação, acaba por se tornar um instrumento desse processo em muitos casos. Dentro dessa realidade coisificadora, a fragmentação do conhecimento mostra-se como um elemento possibilitador dessa instrumentalização da educação, independentemente de a educação ser dialética, dado que a educação enformadora termina por distanciar o ato de educar da sua potência libertadora, em muitas situações, principalmente nos espaços escolares, fazendo com que o lado adaptativo da educação se torne a própria educação. Esse olhar crítico sobre a história da educação do Brasil termina por tornar-se o expositor da fragmentação do conhecimento dentro do ato de educar adaptativo, que é normatizado pela LDB de 1996, como resultado da relação desse documento com o fato da educação tornar-se, em vários aspectos, no decorrer da sua história, subordinada às necessidades do mercado. Por esse motivo, essa relação subordinada é usada como um desvelador do processo de normatização do conhecimento na LDB e sua relação com a estruturação da economia na sociedade contemporânea, relação caracterizada pela subordinação da educação às necessidades do processo de produção e de consumo. A educação adaptativa, nesse processo, por ser enformadora, gera efeitos na formação da sociedade brasileira, tal qual causa características especificas nos espaços escolares. Logo, essa educação adaptativa imprime traços dentro do indivíduo social brasileiro. Conclui-se, dessa forma, que a normatização da fragmentação do conhecimento na LDB é um ponto negativo de tal documento que aponta a necessidade de criarmos estratégias para que continuemos garantindo as melhorias da educação brasileira, melhorias que saiam realmente do âmbito quantitativo e chegue cada vez mais no âmbito o qualitativo.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JUNOT CORNÉLIO MATOS - UFPE
Interno - 1755707 - KARYNE DIAS COUTINHO
Presidente - 1723874 - LUCRECIO ARAUJO DE SA JUNIOR
Externo à Instituição - PEDRO ERGNALDO GONTIJO - UnB
Externo à Instituição - RITA DIANA DE FREITAS GURGEL - UFERSA
Interno - 3280986 - WALTER PINHEIRO BARBOSA JUNIOR