Banca de DEFESA: ANDRÉA MARIA FERREIRA MOURA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉA MARIA FERREIRA MOURA
DATA: 27/03/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Multimeios II/Centro de Educação
TÍTULO:

A REJEIÇÃO INGLESA AOS NÚMEROS NEGATIVOS: UMA ANÁLISE DAS OBRAS DOS PRINCIPAIS OPOSITORES DE 1750-1830.


PALAVRAS-CHAVES:

Números Negativos. Peter Barlow. Francis Maseres. William Frend.


PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A rica história em torno da legitimação dos negativos como números se apresenta como o fio condutor da presente pesquisa, que tem como objetivo principal compreender, a dura rejeição inglesa aos negativos, ocorrida na segunda metade do século XVIII e início do século XIX. Para tanto, optamos por realizar uma análise nas obras A Dissertation on the Use of the Negative Sign in Algebra, publicada em 1758, Tracts on the Resolution of Affected Algebräick Equations, publicada em 1800, de Francis Maseres, e Principles of Algebra, publicada em 1796, de William Frend, pois essas obras foram consideradas as bases teóricas aos que resistiam a aceitar a existência dos negativos na Inglaterra do fim do século XVIII. Além delas, consideramos relevante estudar também a primeira obra inglesa sobre Teoria dos Números, An Elementary Investigation of the Theory of Numbers, publicada em 1811, e que é de autoria de Peter Barlow, um dos últimos a assumir a postura rejeitadora na Inglaterra. A análise das obras dos dois primeiros nos mostrou que a rejeição aos negativos se alicerçava na impossibilidade de uma definição clara e rigorosa para esses números nos moldes da concepção de matemática vigente, que tinha a geometria como única norma de rigor e verdade, já que era a única área da matemática axiomatizada até o início do século XIX. Sendo assim, a postura rejeitadora alerta para a necessidade de uma fundamentação matemática mais coerente com as teorias em desenvolvimento, e dessa forma contribui com a mudança na concepção de matemática ocorrida no século XIX. Por outro lado, nossa pesquisa revelou também que as ideias rejeitadoras acarretavam limitações e restrições na matemática em desenvolvimento da época, dentre as quais destacamos as limitações impostas às operações algébricas e a impossibilidade de um número negativo ser raiz de uma equação. Quanto à obra de Barlow, nossa investigação evidenciou que a postura rejeitadora do autor acarreta a necessidade de adoção de estratégias para adequar a teoria por ele em desenvolvimento com as limitações impostas pelo seu posicionamento rejeitador dos negativos. Com o intuito de enriquecer o conhecimento sobre o tema principal, a problemática em torno da legitimação dos negativos, apresentamos no início da pesquisa um apanhado histórico, focado no uso, aceitação, rejeição e concepção dos números negativos ao longo dos séculos, iniciando pela Antiguidade e terminando no século XIX, quando finalmente toda a polêmica foi resolvida com a ampliação do conceito de número, a axiomatização da álgebra e a adoção da atual concepção de matemática como ciência formal.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3331328 - GISELLE COSTA DE SOUSA
Interno - 1359083 - IRAN ABREU MENDES
Presidente - 346565 - JOHN ANDREW FOSSA
Externo à Instituição - JOSILDO JOSÉ BARBOSA DA SILVA - UERN
Externo à Instituição - MIGUEL CHAQUIAM - UNAMA
Externo ao Programa - 1839460 - MÉRCIA DE OLIVEIRA PONTES
Externo à Instituição - PEDRO FRANCO DE SÁ - UEPA
Notícia cadastrada em: 11/03/2015 10:23
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa02-producao.info.ufrn.br.sigaa02-producao